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I SÉRIE — NÚMERO 37

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nacional, porque isso quer dizer que estas instituições vão poder, ao nível dos seus custos com pessoal, ter um

equilíbrio e não ter um desequilíbrio nessa componente, o que, obviamente, faz com que nas outras

componentes tenham de o compensar.

É aí que o Estado deve responder, e com isto vou também responder à questão do Sr. Deputado José Soeiro,

à questão do suposto monopólio privado: uma coisa é o monopólio privado, outra coisa é a subsidiariedade. São

coisas completamente diferentes. O que o Estado faz aqui, e do nosso ponto de vista bem, é aproveitar recursos

que existem no terreno para o desempenho de funções que são públicas e, portanto, não há aqui uma

privatização da segurança social e da resposta social aos idosos. A resposta social aos idosos é prestada por

quem está no terreno porque, até prova em contrário, isso é preferível a estar concorrentemente a criar todo um

outro sistema.

Sr. Deputado, onde eu discordo é na avaliação que fazemos. Se há momento em que acho que se mostra

que esta resposta é mais eficaz do que a resposta pública é exatamente este. Isto porque se nas instituições as

coisas podem não ter corrido sempre da melhor forma, como é evidente, porque o momento é difícil — para o

Estado também e eu reconheci-o na intervenção —, a nível dos apoios públicos funcionou muito pior.

Portanto, olhando para a realidade atual, não consigo fazer a leitura que o Sr. Deputado faz. A leitura que

faço é que se os lares fossem públicos, provavelmente, avaliando por aquilo que tem sido a resposta do Estado,

os idosos estariam em pior situação.

É que, apesar de tudo, no que dependeu das próprias instituições particulares de solidariedade social e,

reconheça-se, com o Estado representado pelas autarquias, que também são Estado mas não Estado central,

funcionou muito melhor do que, por exemplo, as brigadas criadas pelo ministério ou a articulação inexistente,

como também aqui foi referido pelo Sr. Deputado, entre saúde e segurança social.

Tivemos as duas ministras no Parlamento a comprometerem-se com uma melhor articulação entre as duas

áreas e sabemos que isso não chegou a acontecer, que continuamos a ter problemas, porque, obviamente,

estas instituições não são especializadas na prestação de cuidados médicos…

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Como dizia, estas instituições são especializadas na prestação de cuidados a idosos mas não de saúde e,

portanto, essa articulação não existiu.

Termino, Sr.ª Presidente, respondendo à Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes, a quem agradeço a questão,

e dizendo que, obviamente, o projeto do PSD é da maior importância e por isso é que referi outras iniciativas.

Todos os idosos têm de ser acompanhados, estejam onde estiverem e ainda que estejam em lares ilegais.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O Estado não pode, neste momento, fazer uma discriminação

que não prejudica esses lares, prejudica os idosos e isso seria inaceitável.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Paulo

Pedrosa, do Grupo Parlamentar do PS.

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado João Almeida, queria saudá-lo pelo tema

que trouxe, mas não vou saudá-lo pela intervenção que fez. Ela está eivada de afirmações injustas e que não

correspondem à verdade, porque o Sr. Deputado se esqueceu de duas coisas fundamentais: o conjunto de

medidas tomadas pelo Governo — que podíamos dizer que foram hercúleas — para a prevenção da pandemia

nos lares fez com que tivéssemos 0,7% de infetados durante os processos mais fortes da pandemia, muito

menos que a média europeia, e isto devido ao conjunto de medidas que foram tomadas, repito, com 1,3 milhões

de EPI (equipamento de proteção individual), com o aumento e reforço dos acordos de cooperação em 70

milhões de euros, com a majoração das ajudas para o reforço dos apoios domiciliários — e, Srs. Deputados

Clara Marques Mendes e João Almeida, foram para todos, não só para os que estavam institucionalizados mas