O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE JANEIRO DE 2021

73

também para os que estavam a ser beneficiários do apoio domiciliário — e, ainda, com a formação das brigadas

que funcionaram num conjunto de matérias extraordinárias e muito importantes.

Depois, esqueceu-se e não falou naquilo que está a ser o sucesso do processo de vacinação em curso nos

lares, que levou já o Presidente da União das Misericórdias, o Sr. Manuel Lemos, a dizer que o programa está

a ser um sucesso.

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Ninguém está com o vírus!…

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Basta dizer que, só na primeira semana e com escassez de vacinas,

mais de 7000 cidadãos foram vacinados em instituições residenciais, quer sejam legais, quer sejam ilegais.

Foram contempladas 105 instituições, 30 concelhos, 10% do País logo na primeira semana, repito.

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Pois, está tudo bem!

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Concelhos de risco extremo de COVID passaram para concelhos libertos

de COVID, porque as populações mais vulneráveis foram vacinadas.

De 11 a 15 de janeiro prevê-se a vacinação de mais 30 000 pessoas, em mais 5000 estruturas residenciais,

em 60 concelhos. Ora, 60 mais 30 faz 90 concelhos, o que significa que, em 15 dias, um terço dos concelhos

do País estão livres de COVID nas instituições residenciais, que são as que são mais vulneráveis. Portanto, e

como já não tenho mais tempo, Sr. Deputado João Almeida, uma vez que falou no aumento exponencial dos

surtos em lares, o que lhe queria perguntar é o seguinte: sabemos que houve dificuldades em fazer o isolamento

profilático de muitos dos idosos porque não havia condições…

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — Concluo já, Sr.ª Presidente.

Sr. Deputado, queria perguntar-lhe o seguinte: o CDS e o PSD aumentaram exponencialmente, e

injustamente, o número de vagas em lares, o que impediu que hoje pudesse haver um isolamento profilático em

condições. Está o CDS arrependido de ter tomado essa medida? Acha que isso foi um erro para os nossos

idosos?

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Diana

Ferreira, do Grupo Parlamentar do PCP.

A Sr.ª Diana Ferreira (PCP): — Sr.ª Presidente, começo por cumprimentar o Sr. Deputado João Almeida

pelo tema que aqui trouxe.

O PCP, logo em março, pela voz do seu Secretário-Geral, colocou preocupações devido à situação do surto

que o País enfrenta, logo em março colocámos preocupações relativamente à questão das estruturas

residenciais para idosos, os lares de idosos, e como é que toda esta situação ia ser tratada nestas mesmas

instituições.

Ao longo de todos estes meses, seja com perguntas dirigidas ao Governo, por escrito, seja também em

audições regimentais, temos vindo a questionar o Governo sobre esta matéria, sobretudo sobre aquelas que

têm de ser as soluções adotadas face aos problemas que existem.

Efetivamente, temos uma situação preocupante no caso dos idosos que estão nos lares, mas também há

uma preocupação com os idosos que, não estando em lares, precisam de um conjunto de respostas e um

acompanhamento que não estão a ter, bem como referimos preocupações em relação ao agravamento da

situação de isolamento de muitos idosos.

Isto porque se é verdade que, neste momento, esta realidade existe, não é menos verdade que esta realidade

já existia antes e a situação da pandemia acabou por agravar uma realidade de isolamento que, infelizmente,

se verifica com muitas pessoas idosas.