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I SÉRIE — NÚMERO 51

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O Sr. Presidente: — Para encerrarmos esta primeira ronda de perguntas e respostas, tem a palavra o

Grupo Parlamentar do PS, através da Sr.ª Deputada Ana Catarina Mendes.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do

Governo, Sr. Primeiro-Ministro: De facto, julguei que estávamos a chegar a um debate em que nada tinha

acontecido nos últimos tempos e, sobretudo, não tínhamos iniciado, esta semana, o nosso processo de

desconfinamento.

O Sr. Primeiro-Ministro já aqui referiu as várias tónicas de quem queria tudo aberto, semifechado, mais

rápido, menos rápido. Mas a verdade, Sr. Primeiro-Ministro, é que na semana em que iniciamos este

desconfinamento é preciso darmos uma palavra de confiança, de estímulo, de otimismo, com a necessária

dose de realismo de sabermos que não vencemos ainda esta crise mas que tudo estamos a fazer para ganhar

o futuro com este plano de desconfinamento, que queremos, do País, com a vacinação e também com a

recuperação económica e social.

Aplausos do PS.

É por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que em momentos particularmente exigentes e de crise é absolutamente

essencial — quando é difícil, Sr. Deputado André Ventura — dar as respostas que são realistas, moderadas,

ponderadas, equilibradas, mas que respondem, de facto, aos problemas das pessoas, não com simplicidade,

não com grandes slogans.

Mas, sobretudo, queria voltar aqui a frisar, e sublinho-o, porque é muito importante o que aconteceu no

último ano, a resiliência dos portugueses, de cada um dos portugueses que se viu confrontado com uma perda

de rendimentos, fruto da atividade encerrada, ou que manteve o seu posto de trabalho mas teve de ir para

casa e adaptar-se ao novo mundo, em face do qual uma coisa é certa: o Estado não lhes falhou, o Estado

social forte respondeu.

Acho absolutamente notável que, nesta hora e meia de debate, não tenha havido da parte de ninguém,

daqueles que ao longo do último ano reclamaram mais e mais investimento no Serviço Nacional de Saúde,

uma palavra para saudar aqui o esforço hercúleo no Serviço Nacional de Saúde,…

Aplausos do PS.

… não só em investimento em dinheiro, mas também em mais profissionais de saúde. Foram mais 10 000

profissionais de saúde no último ano, Sr.as e Srs. Deputados, e isso permitiu responder à crise sanitária.

Foi o Estado social forte que respondeu com proteção social, com a extensão do subsídio de desemprego,

com o aumento do subsídio social de desemprego, com uma nova prestação social, para que ninguém

pudesse ver os seus rendimentos diminuídos. Esta é a diferença, Sr.as e Srs. Deputados, é mesmo a

diferença, Sr. Deputado João Cotrim de Figueiredo, entre a direita e a esquerda. É que, nesta crise, o Estado

social não respondeu com cortes,…

Protestos do Deputado do IL João Cotrim de Figueiredo.

… o Estado social não cortou rendimentos, não aumentou impostos, o Estado social manteve o posto de

trabalho, manteve a proteção social.

Aplausos do PS.

É por isso que estamos aqui hoje, Sr.as e Srs. Deputados, um ano depois de esta crise ter começado em

Portugal, para dizer que podemos olhar para o futuro com confiança. E a primeira palavra de confiança que

julgo que os portugueses gostariam de ouvir, Sr. Primeiro-Ministro, e que esta bancada gostava que o Sr.

Primeiro-Ministro aqui dissesse, era a de que, com tanto andar para trás e para a frente quanto à suspensão

de vacinas, podemos ter confiança de que o plano de vacinação que está estipulado vai ser cumprido, de que