I SÉRIE — NÚMERO 52
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à distância, incertos quanto ao seu futuro. Mas esse período mais difícil foi ultrapassado e os sacrifícios valeram
mesmo a pena.
Agora, podemos concluir que, na saúde, aumentámos a resposta assistencial, aumentámos a capacidade de
testagem e laboratorial, intensificámos o processo de vacinação, ampliámos os recursos humanos do SNS em
toda a linha e tudo isto procurando reforçar a recuperação assistencial da atividade não COVID-19. E, na
proteção do emprego e das empresas, alargámos os apoios já previstos, permitindo que os cidadãos e as
empresas resistissem a este momento de maior fragilidade. E não, Sr. Deputado Moisés Ferreira, não deixámos
que ficassem à deriva!
Aplausos do PS.
Esta resposta, dada em fevereiro, permite-nos continuar a ter esperança no futuro.
Iniciámos o nosso processo de desconfinamento com muita prudência, estão vacinadas com a primeira dose
praticamente 1,5 milhões de pessoas, estamos a regressar à escola e os nossos professores e auxiliares já vão
começar a ser vacinados.
Há um ano, era impensável que tivéssemos neste momento vacinas disponíveis e que estivesse em marcha
um processo que garantirá, nos próximos meses, a vacinação de 70% da nossa população.
A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Joana Sá Pereira (PS): — Ao alarmismo da direita, respondemos apenas com trabalho e, sobretudo,
com responsabilidade.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Podemos continuar a olhar para o futuro. É preciso mesmo que esta
fase corra bem para nos concentrarmos na recuperação da atividade económica e na garantia do emprego. Há
um País que temos de recuperar e um partido que sabe como se recupera.
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Há um grau de «puxa-saco»…!
A Sr.ª Joana Sá Pereira (PS): — Como em 2015, sem hesitações, temos de recuperar empregos, recuperar
o investimento, recuperar a competitividade e recuperar a esperança.
O Governo do Partido Socialista nunca baixou os braços perante as dificuldades. E também a minha geração
precisa de acreditar num futuro onde caibam os sonhos.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para encerrar o debate, tem a palavra, pelo Governo, o Sr. Ministro da Administração
Interna.
O Sr. Ministro da Administração Interna (Eduardo Cabrita): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados:
Esperaria de todos os partidos, mas sobretudo daqueles que nos parecem de algum modo desgostosos com a
capacidade de resposta dos portugueses e das instituições ao terrível momento que passámos em janeiro, que
encarassem o debate destes relatórios como um exercício necessário de prestação de contas à Assembleia da
República e de transparência política, tal como temos vindo a fazer ao longo de todo este ano.
E se reconhecemos que, em janeiro, passámos pelo momento mais difícil desta pandemia, também estes
dados, correspondentes a todo o mês de fevereiro, provam exatamente que tínhamos razão — Presidente da
República, Assembleia da República e Governo — quanto à forma como tomámos, no tempo próprio, as medidas
necessárias.
Também devemos aqui reconhecer o esforço dos portugueses, que permitiu este resultado, o esforço do
Serviço Nacional de Saúde, de todos os profissionais de saúde, assim como o esforço daqueles que estão na