1 DE ABRIL DE 2021
21
Nessa altura, o Parlamento fez-se ouvir na defesa da Constituição, e foi a Constituição que obrigou o Governo
de Passos Coelho e Paulo Portas a recuar em algumas das medidas mais radicais para as famílias e para as
pessoas, medidas essas que atacavam rendimentos, pensões e salários.
Por isso, aqui estamos hoje, Partido Socialista, para reforçar a nossa defesa da democracia, entendendo que
essa defesa se faz, respondendo com um Estado social forte a quem dele mais precisa.
Aplausos do PS.
A resposta do Governo no combate à pandemia foi determinante para, numa primeira fase, tudo fazer para
salvar vidas, garantindo que ninguém deixaria de ter acesso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Ao mesmo tempo, protegemos o emprego e garantimos o reforço das prestações sociais ou a criação de
novas prestações para acudir aos mais vulneráveis, fazendo com que, pelo menos, um quarto da população
portuguesa esteja abrangido por medidas sociais e económicas de combate à crise.
Aplausos do PS.
O Estado social foi posto à prova e respondeu; respondeu nos primeiros dias e tem respondido ao longo dos
últimos meses.
Aliás, esta crise provou aos mais céticos que só um Estado social forte e robusto é capaz de responder às
necessidades que uma crise com estas dimensões provoca. Nós não queremos a mão invisível, mas, sim,
políticas públicas. Nós não queremos o mercado e o salve-se quem puder a ditar que os mais fracos ficam na
beira da estrada. Nós não queremos um Estado assistencialista que abandone as pessoas.
É por isso que, a esses, os socialistas respondem com o Estado de bem-estar social, com que temos
respondido à pandemia.
Aplausos do PS.
Aos que defendem um Estado mínimo, o Partido Socialista responde com serviços públicos fortes. Aos que
falam de liberdade para atacar o Estado, perguntamos que liberdade teriam aqueles que sem o Estado ficariam
inevitavelmente para trás.
É por isso que estávamos certos quando, na anterior Legislatura, reforçámos a sustentabilidade da segurança
social, com o aumento das receitas contributivas, o reforço do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança
Social e a diversificação das fontes de financiamento, contra a opinião da direita, para responder aos mais
vulneráveis, aos que trabalharam uma vida inteira, aos mais jovens e aos que ingressaram no mercado de
trabalho.
Nós temos demonstrado, ao longo dos últimos meses, perante os problemas gigantescos com que nos
deparámos desde há um ano, que a proteção dos rendimentos, do emprego e da economia tem sido a prioridade
do Partido Socialista.
Desde o primeiro momento, o Governo aumentou o subsídio de desemprego e a sua extensão, aumentou o
subsídio social de desemprego e garantiu uma nova prestação social; agilizou procedimentos; garantiu apoio às
famílias com filhos, mantendo o emprego sempre que possível, com o layoff, primeiro, a 66% e, hoje, já a 100%;
encontrou resposta também para os sócios-gerentes das PME que, não tendo qualquer tipo de apoio, hoje veem
estendidas as suas prestações sociais mínimas.
Desde há um ano e até ao dia de hoje, são 3341 milhões de euros em apoios sociais pagos, incluindo
isenções e dispensas contributivas, e 2,8 milhões de portugueses abrangidos e 172 000 empresas protegidas.
Aplausos do PS.
O aumento de despesa social incluiu o reforço do layoff, o apoio à retoma económica, a criação do novo
apoio extraordinário aos rendimentos dos trabalhadores, a majoração do subsídio de desemprego em 25% a
casais desempregados com crianças ou o apoio extraordinário até junho de 2021 para trabalhadores
independentes e sócios-gerentes da cultura e do turismo, apenas para citar alguns dos exemplos.