I SÉRIE — NÚMERO 53
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O orçamento da segurança social para este ano tem um reforço de 2000 milhões de euros face ao orçamento
inicial para 2020, mas, para termos uma perceção real das conquistas da proteção social da governação do
Partido Socialista, temos de dizer que a dotação orçamental da segurança social, desde 2015, cresceu 5,2 mil
milhões de euros — 5,2 mil milhões de euros! — e fizemo-lo sempre, sempre garantindo a sustentabilidade da
segurança social, para que ela responda às necessidades do presente, sem nunca colocar em causa um risco
para as gerações futuras.
Neste Parlamento, a propósito do Orçamento do Estado para 2021, ao longo dos últimos tempos, e em
concreto aquando do respetivo debate, uns disseram que ele era muito despesista, que havia Orçamento a mais,
e outros que era de menos, que havia Orçamento a menos. Pois, quero aqui dizer que, para o Grupo Parlamentar
do Partido Socialista, tal como para o País que nos acompanha e sabe o que temos feito, constitui um esforço
hercúleo do Estado para responder, o mais rápido possível, às dificuldades do momento, com um único objetivo,
que é o de proteger quem mais precisa.
Aplausos do PS.
E se estes foram avanços no Orçamento do Estado para 2021, o PS quis ir ainda mais longe. É por isso que,
perante as dificuldades com que vivemos em janeiro e com um desconfinamento que ainda estamos a iniciar, o
Governo decidiu reativar de imediato o apoio extraordinário à redução da atividade dos trabalhadores
independentes e o apoio para sócios-gerentes nos mesmos termos e condições de 2020.
A segurança social está a pagar os apoios extraordinários em 10 dias. E só em 2021, até 23 de março, a
segurança social pagou, em apoios extraordinários, 847 milhões de euros, ou seja, mais 40% face à despesa
mensal de 2020.
Este é o compromisso permanente do Governo e do Partido Socialista: apoiar quem mais precisa. Apoiar os
trabalhadores, apoiar os rendimentos, apoiar as famílias, apoiar a proteção social de quem mais precisa.
Aplausos do PS.
Termino, Sr. Presidente, dizendo que este compromisso tem, por fim, os olhos postos no futuro. É que o
futuro ganha-se com a concretização de políticas sociais que respondam à crise e que não nos dividam como
sociedade, que promovam a coesão para evitar que cidadãos empobrecidos e desesperados sejam explorados
por soluções políticas radicais.
Mas hoje, como ontem, esse futuro depende da sustentabilidade da segurança social.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Termino, Sr. Presidente.
Esse futuro depende da sustentabilidade financeira da segurança social e depende, também, da capacidade
de preservarmos o núcleo fundamental dos valores democráticos e constitucionais, de que todos aqui somos
fiéis depositários.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, a Mesa regista a inscrição de seis Srs. Deputados para formularem
pedidos de esclarecimento.
Como deseja responder?
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, irei responder a dois conjuntos de três.
O Sr. Presidente: — Tem, assim, a palavra, para formular o primeiro pedido de esclarecimento, a Sr.ª
Deputada Ofélia Ramos, do Grupo Parlamentar do PSD.