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21 DE MAIO DE 2021

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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira terminar.

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Estou a terminar, Sr. Presidente. Temos um Governo que está permanentemente a governar para as próximas eleições em vez de governar

para as próximas gerações. Tenho 30 anos, Sr. Deputado, e já vi duas décadas perdidas. Se não tirarmos o

Governo socialista da cúpula do poder, arriscamo-nos a perder mais duas gerações.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados Sr.ª Deputada Sofia Matos, pegando no final da sua intervenção, dir-lhe-ia que ter um pouco mais de uma década do que a Sr.ª

Deputada não me traz vantagem, traz-me apenas a consequência de ter vivido mais uma década perdida.

Penso que todos esperamos, um dia, em Portugal, conseguir recuperar definitivamente um modelo que

queremos que seja de crescimento sustentado, porque só um modelo de crescimento sustentado pode permitir

às famílias portuguesas viverem melhor. Qualquer outro modelo é ilusão, e é essa a ilusão que vem do

socialismo, a de que poderemos ter melhores condições de vida para as pessoas se não tivermos uma economia

mais competitiva. Isso nunca aconteceu em lado algum e não vai acontecer em Portugal.

Se continuarmos a crescer abaixo dos 3%, nunca vamos conseguir ter o desenvolvimento suficiente para ver

esse efeito social nas famílias portuguesas. É por isso que a ambição deve ser essa, e a Sr.ª Deputada falou de

várias questões que têm muito que ver com isso.

O Governo dificultou a muitos setores a recuperação e a saída da crise neste momento. As hesitações que

teve, por exemplo, relativamente ao comércio e à restauração trouxeram um prejuízo enorme a setores que

ocupam milhares e milhares de portugueses, sejam os pequenos empresários, sejam aqueles que estão

empregados nestes setores.

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Exatamente!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Lembramo-nos bem daqueles fins de semana caóticos em que o Governo, sem qualquer base científica, inventou a magnífica teoria de que protegia a saúde pública se

fechasse toda a gente em casa a partir das 13 horas, pondo toda a gente na rua ao mesmo tempo até essa

hora. Ninguém beneficiou com isso, mas os comerciantes e os empresários da restauração saíram muito

prejudicados.

Também ninguém explica, neste momento, a razão por que se um restaurante fechar às 22 horas e 30

minutos protege melhor a saúde pública do que se fechar à meia-noite. Estamos até hoje para saber isso, mas

eu digo-lhe o que acontece economicamente: em vez de fazer dois turnos de jantares e de poder, assim,

remunerar a sua atividade e a dos seus trabalhadores, o restaurante fica ainda mais aflito do ponto de vista da

tesouraria porque tem de ter toda a estrutura a trabalhar, mas tem menos tempo para a rentabilizar.

É este tipo de erros que o Governo socialista não percebe que implicam, necessariamente, com o dia a dia

das pessoas e das famílias e que prejudicam severamente esta nossa saída da crise.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura para pedir esclarecimentos.

O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, começo por saudar o CDS e o Sr. Deputado João Pinho de Almeida pela declaração política de hoje.