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I SÉRIE — NÚMERO 69

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mas com um Serviço Nacional de Saúde que protege aqueles que precisam — que foi capaz de dar resposta à

crise pandémica que agora vivemos.

Aplausos do PS.

Foi o Serviço Nacional de Saúde que deu resposta a tudo aquilo de que o Sr. Deputado o veio aqui acusar.

Isto é, veio dizer que a máquina do Estado é pesada, que a máquina do Estado não deixa resolver, que o Estado

castra. Mas foi essa máquina do Estado que nos permitiu devolver aquilo que era importante neste momento: o

valor da vida, lutar pela vida dos portugueses.

Sr. Deputado João Almeida, eu não podia deixar de sublinhar esta nota.

O Sr. Deputado, como bom parlamentar que é — reconheço —, também referiu os dados do primeiro

trimestre da economia. No entanto, eles encerram uma falácia que importa aqui desconstruir. É que os dados

do primeiro trimestre, Sr. Deputado, dizem respeito a um período de confinamento excessivo, duro e violento

que o nosso País teve de sofrer para dar resposta ao valor da vida, que é o essencial — entre a vida e a

economia, Portugal escolheu, e bem, defender a vida.

O Sr. Deputado está a comparar dados relativos a um período de confinamento em que nós fomos os

primeiros a responder à terceira vaga da pandemia. Se o Sr. Deputado quiser comparar de forma correta, tem

de olhar para esta terceira vaga e constatar que há países que têm tempos de confinamento totalmente

diferentes. Se queremos fazer uma análise séria, não podemos comparar «alhos com bugalhos».

Sr. Deputado, deixo-lhe uma pergunta. A essa tem de saber dar resposta aqui, neste debate, a essa quero

que dê resposta. Se os indicadores foram assim tão maus, se a resposta do Governo foi assim tão má, explique,

Sr. Deputado, por que razão a taxa de desemprego, hoje, ainda é de 6,8%. Essa taxa deve-se a uma grande

resiliência da nossa economia,…

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.

A Sr.ª Sofia Matos (PSD): — Resiliência das empresas!

O Sr. Hugo Carvalho (PS): — … porque o Estado investiu na economia, porque o Estado foi capaz de defender as empresas. O Sr. Deputado sabe que, nestes quatro primeiros meses do ano, foram 1,6 mil milhões

de euros de apoio a fundo perdido para as nossas empresas.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Carvalho (PS): — É isso que faz a diferença na vida das pessoas, ou seja, defender o emprego e aqueles que precisam.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Carvalho, agradeço a gentileza das palavras que me dirigiu, mas efetivamente estamos aqui para discutir aquilo que cada um dos

nossos partidos propõe e as alternativas que existem e que é bom que existam. Portanto, cada um de nós

defender o seu ponto de vista é, acho eu, o mais importante que aqui podemos fazer e a concretização da

representação parlamentar que cada um de nós aqui tem de quem nos elegeu.

Sr. Deputado, respondo, muito concretamente, à ante-questão final que coloca e que tem a ver com os dados

económicos. Não há confinamento anterior que justifique — e até podíamos ir ao rigor de saber se nós

desconfinámos ou não tão antes do que outros, mas estamos a falar de um trimestre, não estamos a falar de

uma quinzena ou até de um mês —, num trimestre, nós termos uma recessão em Portugal de 5,4% do PIB e

que compara com uma média europeia de 1,7% do PIB. Não há antecipação nem proteção da vida que valha.