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I SÉRIE — NÚMERO 87

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Se tivesse, realmente, um assunto, não gastaria o seu latim com isso.

Já quanto ao latim da Sr.ª Deputada Isabel Meireles, é num tom que não acompanho. Aliás, julgo que o PSD

também não o deverá acompanhar e faz-me impressão a degradação do discurso do PSD sobre a Europa.

Para quem, como eu, se habituou a admirar tanta gente no PSD que deu tanto à integração europeia de

Portugal — o Prof. Valente de Oliveira, o Prof. Vítor Martins, o Prof. Carlos Pimenta e tantos outros — custa-me

ver que se está a resvalar para esse nível. Portanto, só me lembro da melhor definição de fanatismo que

conheço, que é devida ao grande escritor israelita, infelizmente já falecido, Amos Oz, que dizia basicamente

isto: no fundo, um fanático é aquele que é incapaz de acabar uma frase senão com um ponto de exclamação. É

tudo «vergonha!», é tudo «indigno!», mas eu insisto no ponto de que esse é um tipo de discurso que já tem o

seu nicho nesta Assembleia e convinha que não contaminasse a centralidade da Assembleia.

Aplausos do PS.

Devo dizer-lhe que me custou, em particular, ter trazido o Dr. Mário Soares para isso, porque, Sr.ª Deputada,

para comentar Mário Soares é preciso outro nível.

Aplausos do PS.

Faço também minhas as considerações da Sr.ª Deputada Isabel Oneto. Permita-me que não as comente,

porque estou 100% de acordo, e que veja uma questão específica do dia, e que julgo muito importante, colocada

pela Sr.ª Deputada Fabíola Cardoso, sobre a descoordenação das medidas da União Europeia. Combater essa

descoordenação, que, de facto, chegou a existir, foi um dos propósitos mais importantes da Presidência

portuguesa. Julgo que conseguimos bastante e a prova disso, Sr.ª Deputada, é o seguinte: veja como países

que, entretanto, tomaram posições que eu tive de criticar por me parecerem incoerentes estão a aproximar-se

da posição portuguesa.

A Alemanha, há uns 10 dias, à revelia do próprio certificado digital e da nossa recomendação, decidiu

considerar a hipótese de uma interdição de transportes dirigida especificamente a Portugal, mas não demorou

uma semana para que o Ministro que o decidiu dissesse «afinal, isto foi uma má decisão» e que a Alemanha a

corrigisse.

Quanto ao Reino Unido, evoluiu já hoje para uma posição exatamente simétrica à posição que Portugal

adotou em relação ao Reino Unido. A situação pandémica nos dois países é, aliás, muito próxima, são precisos

cuidados adicionais e o que nós dizemos é que para aqueles que já estão vacinados, imunizados ou testados,

aqueles que têm o certificado digital, não há nenhuma razão para lhes impor a quarentena. Hoje, o Reino Unido

aprovou essa decisão.

Quanto às declarações de hoje por parte de um membro do Governo francês, o que posso dizer é que já

recebi a competente informação. Para tudo ser verdade, vou dizê-la primeiro em francês e depois traduzi-la: «Je

suis désolé du mauvais buzz de mes déclarations de ce matin. Nous allons clarifier cella encore cet après midi.»

Ou seja: «Estou desolado com o efeito provocado pelas minhas declarações desta manhã. Vamos clarificar a

questão ainda esta tarde.» Portanto, tranquilamente, esperemos pelo que vai acontecer esta tarde.

Aplausos do PS.

Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Eduardo Ferro Rodrigues.

O Sr. Presidente: — Chegámos, pois, ao final deste ponto e, com ele, ao final da agenda para hoje. Passo agora a palavra à Sr.ª Secretária da Mesa Maria da Luz Rosinha para dar várias informações à

Câmara.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, cumpre-me dar conta de que assistiram à presente sessão, por videoconferência, o Sr. Deputado Paulo Porto, do Partido Socialista, eleito

pelo círculo de Fora da Europa, e que se encontram em isolamento profilático os Srs. Deputados Pedro

Cegonho, do Partido Socialista, e João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal.