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22 DE JULHO DE 2021

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A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado, peço que conclua.

O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr.ª Presidente, deixando apenas um aviso ao Sr. Primeiro-Ministro: não pense que o seu Governo é eterno, nem pense que o seu consulado é eterno, porque arrisco-me

a dizer que este é o último ano que o temos aqui, por baixo deste ambão, a falar como Primeiro-Ministro.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela) — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Maria Antónia Almeida Santos, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

O Sr. João Cotrim de Figueiredo (IL): — E eu?!

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado, a Mesa não regista nenhum pedido de inscrição para intervenção do Iniciativa Liberal. Se não se importa, usará da palavra a seguir, Sr. Deputado.

Faça favor, Sr.ª Deputada Maria Antónia Almeida Santos.

A Sr.ª Maria Antónia de Almeida Santos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Há sensivelmente um ano encontrámo-nos aqui a propósito do debate do

estado da Nação. Partilhámos palavras de choque, de consternação e incerteza e também debatemos em

conjunto políticas de solidariedade civil, económica, institucional e de saúde pública. Hoje, perante a magnitude

desta pandemia, infelizmente, ainda temos de proferir, aqui e agora, palavras de luto.

Há memória de todos aqueles que perdemos e, porque é isso que mais lhes devemos, podemos agora falar

das muitas medidas de resiliência, de revitalização em todas as valências da sociedade que foram levadas a

cabo por este Executivo, por este Parlamento, com o apoio e a capacidade de superação e de adaptação notável

de todos os portugueses.

Sr.as e Srs. Deputados, não há como negar que temos vivido num Portugal e num mundo desafiado, mas não

podemos negar que encaramos hoje um Portugal reinventado.

A adaptação que foi possível teve, entre outros fatores, um aumento de 7% da despesa em saúde; mais

investimento e mais de 2500 profissionais de saúde só num ano; 42% da vacinação completa, uma das chaves

essenciais para a nossa completa libertação; um reforço contínuo dos apoios sociais às famílias, à capacidade

de adaptação das empresas-motor da nossa vida económica, sem olhar à sua tipologia ou dimensão.

O nível do crescimento económico já se começa a sentir. Creio que a isto não é alheio o facto de, mesmo na

dúvida e na incerteza próprias de uma pandemia, a opção ter sido sempre pela ajuda e pelo apoio.

A forma exemplar como o Serviço Nacional de Saúde respondeu à pandemia — nem podia ser de outra

forma — foi sempre o critério do interesse público. Afinal, não foi por acaso que quem criou o Serviço Nacional

de Saúde foi um socialista.

A campanha de vacinação contra o SARS-CoV-2 — com uma percentagem de aplicação efetiva, como eu

dizia e quero repetir, que já ultrapassa os 42% — demonstra bem o empenho do Governo português na compra

das vacinas e na luta por uma tranquilidade de vida cada vez maior para os portugueses. E não só no contexto

nacional.

No que toca à cooperação internacional, nomeadamente com os países africanos de língua oficial portuguesa

e Timor-Leste, pela proximidade, já foi anunciado que Portugal vai triplicar a sua oferta de vacinas, passando de

1 para 3 milhões de doses no combate à COVID-19.

Portugal vai cumprir a sua parte no compromisso que reconhece que se não houver lugar a uma imunização

global nenhum país estará, isoladamente, capaz de afirmar que se encontra verdadeiramente protegido. A

pandemia não só não reconhece fronteiras como viaja também pela vulnerabilidade. Não devemos nem nunca

podemos esquecer-nos disso.

As prioridades são muitas: assegurar e promover a cobertura da vacinação, recuperar a atividade assistencial

— e, neste aspeto, a evolução é muito favorável.

Sr.as e Srs. Deputados, promover o robustecimento do SNS tem hoje um instrumento capaz de alavancar

reformas, que já foi aqui falado, o Plano de Recuperação e Resiliência.