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I SÉRIE — NÚMERO 2

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Dizemos que queremos defender o barranquenho como marca de identidade linguística de uma comunidade

e património nacional.

Dizemos que queremos percorrer um caminho sustentado de valorização dos territórios do interior e das suas

realidades, quer defendendo a identidade, quer gerando novas oportunidades de desenvolvimento.

Não, Srs. Deputados, não é um «perdoa-me», é um sinal de compromisso com os barranquenhos e com a

sua língua, diferente, singular e à qual se associam vivências únicas.

É tudo isto que deve ser protegido e valorizado por um Estado aberto à diversidade como marca democrática

de Abril e ponto de afirmação de uma visão estratégica.

O Estado português, através da Assembleia da República, junta-se, assim, ao trabalho que o município tem

vindo a realizar na salvaguarda do barranquenho, em especial nestes últimos quatro anos, do que há bem prova,

com algumas organizações, e irá certamente continuar nos próximos anos.

O Sr. João Dias (PCP): — Eh pá!… Fica-lhe mal!

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — O passo está dado. O acerto de passo com o passado deve continuar. Barrancos merece isto e muito mais.

Só há futuro com respeito pela memória e pela identidade. É assim no País, é assim nas comunidades do

Baixo Alentejo.

O mundo rural, o interior, as comunidades e os territórios precisam desses sinais, com consequência e

sustentabilidade, para gerarem novas oportunidades. Muito se falou até aqui, mas pouco ou nada se fez.

Não posso terminar sem citar e sem evocar a memória de Jorge Sampaio. Jorge Sampaio, em visita ao

concelho de Barrancos, em 2002, afirmou: «Temos de preservar as tradições e perceber os povos mais

distantes.» Digo eu: devemos respeitar todas as tradições, não só aquelas de que gostamos. É o que

começámos a fazer hoje, aqui. É o que fazem os barranquenhos há muito.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr. Deputado, tem de terminar.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Permitam-me só que vos peça desculpa por não ter utilizado nenhuma expressão em barranquenho — e podia utilizar muitas, porque com muita frequência estou em Barrancos —,

mas fi-lo de propósito. Fi-lo para vos convidar, a todos, a visitar Barrancos e a visitar a hospitalidade de um povo

e verem uma língua viva todos os dias.

Obrigado a todos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Terminado este ponto, tem a palavra a Sr.ª Secretária Maria da Luz Rosinha para proceder a vários anúncios.

A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, muito boa tarde a todas e a todos.

Começo por anunciar a retirada, pelo proponente, do Projeto de Resolução n.º 510/XIV/1.ª (CDS-PP), que

estava na 8.ª Comissão.

Passo agora a anunciar que deram entrada na Mesa, e foram admitidas pelo Sr. Presidente, várias iniciativas

legislativas.

Em primeiro lugar, refiro a Proposta de Lei n.º 112/XIV/2.ª (GOV), que baixa à 5.ª Comissão.

Deram também entrada na Mesa os Projetos de Lei n.os 927/XIV/2.ª (BE), que baixa à 10.ª Comissão,

928/XIV/2.ª (BE), que baixa à 11.ª Comissão, 929/XIV/2.ª (PAN), que baixa à 1.ª Comissão, em conexão com a

14.ª Comissão, 930/XIV/2.ª (PAN), que baixa à 6.ª Comissão, em conexão com a 10.ª Comissão, 931/XIV/2.ª

(PAN), que baixa à 11.ª Comissão, 932/XIV/2.ª (Deputada não inscrita Cristina Rodrigues), que baixa à 7.ª

Comissão, 933/XIV/2.ª (BE), que baixa à 6.ª Comissão, 934/XIV/2.ª (BE), que baixa à 6.ª Comissão, 935/XIV/2.ª

(BE), que baixa à 6.ª Comissão, e 936/XIV/3.ª (Deputada não inscrita Cristina Rodrigues), que baixa à 6.ª

Comissão.