18 DE SETEMBRO DE 2021
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A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de
Carreira Marques e endereça à família, amigos e companheiros de luta as suas mais sentidas condolências.»
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Srs. Deputados, encontram-se na galeria familiares de José
Carreira Marques, a quem a Mesa quer exprimir uma palavra de muito respeito.
Vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser lido.
Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.
Passamos ao Projeto de Voto n.º 666/XIV/2.ª (apresentado pelo PAR e subscrito pelo PS, pelo IL, pela
Deputada não inscrita Cristina Rodrigues, pelo CDS-PP, pelo PAN, pelo CH e pela Deputada não inscrita
Joacine Katar Moreira) — Pelo falecimento de Pedro Tamen.
Peço à Sr.ª Secretária Lina Lopes que proceda à respetiva leitura.
A Sr.ª Secretária (Lina Lopes): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor:
«Faleceu, no passado dia 29 de julho, aos 86 anos, Pedro Tamen, poeta, tradutor e figura proeminente da
cultura portuguesa da segunda metade do século XX e do início do século XXI.
Nascido em Lisboa, a 1 de dezembro de 1934, Pedro Mário de Alles Tamen licenciou-se em Direito pela
Universidade de Lisboa, instituição em que, enquanto estudante, funda e codirige a revista Anteu, chefiando,
em simultâneo, a redação do jornal Encontro, órgão da Juventude Universitária Católica.
Em 1958, com António Alçada Baptista e João Bénard da Costa, integra o projeto editorial da Moraes, na
qual cria e dirige a coleção Círculo de Poesia e em que se mantém, como diretor literário, até 1975. É também
na Moraes que, em 1963 e em plena ditadura, funda a revista O Tempo e o Modo, publicação que constituiu
um marco da crítica social, cultural e política de então.
Em 1975, passa a integrar o Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian, onde
permanece até 2000, acumulando, entre 1987 e 1990, a presidência do PEN Clube Português.
Se tinha na tradução um vício, como, de resto, o próprio o denominava — são de Pedro Tamen as mais
celebradas traduções de Diderot, Sartre, Flaubert, Breton, Proust (com destaque para a emblemática tradução
dos sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido), Vargas Llosa ou García Márquez, entre tantos outros —,
foi na poesia, tão erudita quanto quotidiana, que se afirmou autor consagrado que foi, admirado e respeitado
pelos seus pares e pela crítica.
Reconhecida em Portugal e além-fronteiras, a multifacetada obra de Pedro Tamen foi várias vezes
premiada, com destaque para o Prémio D. Dinis, em 1981; o Grande Prémio da Tradução, em 1990; o Prémio
da Crítica, em 1991; o Grande Prémio Inapa de Poesia, também em 1991; o Prémio Nicola, em 1997; ou o
Prémio da Imprensa e o Prémio PEN Clube, em 2000.
Em 1993, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República
Mário Soares.
A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu profundo pesar pelo falecimento
de Pedro Tamen, transmitindo à sua família e amigos as mais sentidas condolências.»
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Srs. Deputados, está também presente na Galeria desta
Assembleia uma representação da família do poeta e escritor Pedro Tamen, composta pela sua viúva e filhos,
a quem a Mesa apresenta uma palavra de muito respeito.
Vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser lido.
Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.
Passamos ao Projeto de Voto n.º 667/XIV/2.ª (apresentado pelo PAR e subscrito pelo IL, pela Deputada
não inscrita Cristina Rodrigues, pelo PS, pelo CDS-PP, pelo PAN, pelo CH e pela Deputada não inscrita
Joacine Katar Moreira) — De pesar pelo falecimento de Olga Prats.
Peço à Sr.ª Secretária Sofia Araújo que proceda à respetiva leitura.