8 DE OUTUBRO DE 2021
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Como dizia, o Sr. Primeiro-Ministro, mais uma vez, «deixou no sapatinho», em Coimbra, a promessa da
construção da nova maternidade, como já hoje foi aqui falado.
Vozes do PS: — Outra vez?
O Sr. Paulo Leitão (PSD): — Recordo que o processo de construção da nova maternidade teve início em 2014, pela mão do então Ministro da Saúde, Paulo Macedo. Nos anos que se seguiram, apenas fomos
brindados com promessas, grupos de trabalho e indecisões no que concerne à sua localização.
Lembro também o Sr. Primeiro-Ministro que a promessa da maternidade não é nova. Já em 2016, o
anterior Ministro Adalberto Campos Fernandes tinha anunciado, inclusive, um calendário para a sua
construção.
Tendo aqui hoje sido reassumido o compromisso da sua execução, subsistem algumas importantes
dúvidas.
Percebendo também que o Secretário-Geral do Partido Socialista não disse em Coimbra qual seria a futura
localização da maternidade para não estragar a campanha do seu candidato, pergunto ao Sr. Primeiro-Ministro
qual será a data prevista para a sua concretização e reforço a questão sobre qual será a sua localização, visto
que, pelo que referiu, a localização está escolhida e o taticismo do seu anúncio apenas serve, no meu
entender, para repartir as responsabilidades com a Câmara Municipal de Coimbra.
Para terminar, e caso a opção seja pela implementação da maternidade no perímetro dos Hospitais da
Universidade de Coimbra, pergunto que medidas tem o Governo previstas para estancar a perda de valências
do Hospital dos Covões.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.as e Srs. Deputados, a Mesa volta a apelar a que ouçamos as perguntas e as respostas.
Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Leitão, a localização está escolhida e deve ser devidamente dialogada com a Câmara Municipal de Coimbra. E, tal como fizemos com a anterior câmara
municipal, devemos fazer com a nova câmara municipal.
Podíamos, simplesmente, abrir de imediato o concurso. Mas acho que fizemos aquilo que é correto num
processo de transição democrática. O Sr. Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra já teve a oportunidade de se reunir com o presidente de câmara eleito, de lhe dar
toda a informação e de ouvir a sua opinião, tendo sido solicitado, o que nos parece razoável, que aguardemos
a sua tomada de posse para que formalmente se possa pronunciar. É isso que vamos fazer: aguardar que o
novo Presidente da Câmara Municipal de Coimbra tome posse, ouvir o seu parecer formal e aí tomaremos a
decisão final.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Continua no uso da palavra o Grupo Parlamentar do PSD, desta feita através do Sr. Deputado Cristóvão Norte.
Faça favor.
O Sr. Cristóvão Norte (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Ministros, Sr.as e Srs. Deputados: O Sr. Primeiro-Ministro, há pouco, interrogava-se sobre o porquê de a Câmara, designadamente a
oposição, não o questionar a respeito dos compromissos que veio a firmar nesta sua digressão pelo País.
Vozes do PS: — Ah!