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I SÉRIE — NÚMERO 18

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A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Nelson Silva (PAN): — Onde estão os incentivos à agricultura biológica? 180 milhões de euros é o que a Dinamarca investe para agricultura biológica e produtos alternativos ao consumo de carne e peixe. Onde

é que está o investimento nas cadeias curtas de distribuição?

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Nelson Silva (PAN): — É este o panorama económico que o Partido Socialista defende? Por fim, a inovação tecnológica vai lesar em muito o tecido laboral em Portugal. O Sr. Deputado vê o RBI

(rendimento básico incondicional) como uma possível solução para a perda de emprego devido a estas

inovações?

Aplausosdo PAN.

ASr.ª Presidente (Edite Estrela): — Sr. Deputado Nelson Silva, não é, sobretudo, em relação à gestão do seu tempo que lhe vou chamar a atenção, mas, sim, em relação à linguagem que usou há pouco, de que eu

não me apercebi, mas para a qual me chamaram a atenção. Aqui não se trata de «malta» da esquerda ou da

direita, mas, sim, de bancadas de Deputados e de grupos parlamentares. Temos de ser cuidadosos com a

linguagem.

Aplausosde Deputados do PS e do PSD.

O Sr. Nelson Silva (PAN): — Peço a palavra, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Nelson Silva (PAN): — Sr.ª Presidente, é para uma interpelação à Mesa. Aprecio e agradeço o seu comentário, mas agradecia que em relação a comportamentos ou a outra

linguagem bem piores de outras forças políticas neste Parlamento também fosse chamada a atenção.

A Sr.ª Joacine Katar Moreira (N insc.): — Muito bem!

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Fica registado, Sr. Deputado. Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do Grupo Parlamentar do

Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Miguel Matos, quando o Partido Socialista fala da necessidade de olhar para o futuro, para os jovens, que atravessam ainda uma

grande precariedade e baixos salários e que precisam de mais e melhor emprego, e conclui com a Web

Summit, para nós é no mínimo estranho.

De facto, além de um evento, estamos a falar — já para não falar do dinheiro que é pago todos os anos

pelo município de Lisboa diretamente, fora tudo o resto — de empreendedorismo, de «unicórnios», o que é

uma coisa um bocado inacreditável, de «nómadas digitais», mas não se ouve falar do outro lado da moeda, e

sobre isso é que interessava também falarmos.

Por exemplo, refiro o pacote fiscal para os chamados «nómadas digitais». Ainda agora, por estes dias, com

o início da Web Summit, vimos publicidade no Twitter ao nosso País como sendo muito bom para pagar muito

pouco, ou praticamente não pagar impostos, para estes chamados «nómadas empreendedores digitais».

Parece-me que não é um modelo de desenvolvimento que nós devemos querer para o nosso País, à base de

publicidade aos chamados «nómadas», que ninguém sabe muito bem o que é que são, aos