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I SÉRIE — NÚMERO 18

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A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Paulo Moniz (PSD): — Concluo já, Sr.ª Presidente. É absolutamente inadmissível a desigualdade digital que a vossa incompetência impôs a uma geração de

crianças relativamente à dotação de computadores nas escolas. Esta geração ficou prejudicada pela vossa

incompetência e pela vossa inação.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Matos.

O Sr. Miguel Matos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Sr. Deputado Nelson Silva, do PAN, está muito preocupado com o crescimento económico desenfreado. Pois, da parte do Grupo Parlamentar do

Partido Socialista estamos preocupados, é natural, com a sustentabilidade do nosso crescimento económico e

ele tem-se revelado não só sustentado como também maior em comparação com o crescimento de outros

países da União Europeia. Sr. Deputado, uma coisa é certa: precisamos de ter mais crescimento económico.

O Sr. Hugo Pires (PS): — Muito bem!

O Sr. Miguel Matos (PS): — Não é estarmos preocupados com um crescimento económico excessivo; é preciso é que haja mais.

Digo-lhe uma coisa, Sr. Deputado: se está preocupado com a sustentabilidade ambiental do crescimento

económico, então, vamos olhar para o indicador que todos utilizam para fazer esta análise, que é a

intensidade carbónica do PIB, leia-se as emissões que é preciso emitir para produzir 1 € de riqueza.

Entre 2011 e 2017 foi possível reduzir as emissões, porque o País empobreceu e porque alguns acharam

que o modelo de desenvolvimento era baixar salários e cortar nas pensões e nos serviços públicos, mas,

desde 2017, tem sido possível alcançar uma redução na intensidade carbónica do PIB, ou seja, sim,

crescemos mais do que a União Europeia, e, sim, reduzimos emissões mais do que a União Europeia.

Aplausos do PS.

O Sr. Deputado também está preocupado com a competitividade responsável. É importante dizer que este

Governo tem uma política sustentada e responsável para a competitividade, a qual, sim, não tem palavras

fáceis para as empresas que estão nos paraísos fiscais. E ainda no Orçamento do Estado passado, por

proposta do PEV, aprovámos medidas nesse sentido.

Mas vejamos: há mais de 30 anos que falávamos dos clusters e do Michael Porter. Foi este Governo que

implementou contratos de competitividade para os clusters.

Quem é que fez o Programa Internacionalizar para as associações empresariais poderem trabalhar em

conjunto com o Estado e haver uma internacionalização das empresas? Foi este Governo, um Governo do

Partido Socialista com uma competitividade responsável.

A Sr.ª Deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires disse que achava estranho termos falado da Web

Summit. E eu gostava de lhe perguntar se não acha que é importante para os operários da Lauak, em Setúbal,

ou da Mecachrome, em Évora, ou da PSA, em Mangualde, sermos um País cada vez mais conhecido lá fora

pela inovação. Não acha que é essencial que as empresas não fiquem cá apenas para produzir as peças, o

que é importante, mas que fiquem cá para as desenhar, para investigar e assim trazer mais valor

acrescentado e melhores empregos para o nosso País?

Aplausos do PS.

Essa é a diferença do modelo económico que construímos em conjunto e que alguns querem interromper.