I SÉRIE — NÚMERO 1
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O senhor sabe bem que o PSD tem sido um travão à reforma do Serviço Nacional de Saúde. O senhor sabe bem os cortes que o PSD fez durante os anos em que esteve ao serviço dos portugueses.
Protestos do PSD. Mas agora, Sr. Deputado, é hora de olhar para a frente. É hora de dizermos aquilo que estamos a fazer. É
hora de dizer aquilo que o PS é capaz de fazer e que vocês não são capazes de fazer. No dia em que nos encontramos a celebrar e honrar o 44.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde e
António Arnaut, gostava de deixar aqui o que o SNS garante, em cada dia, em todo o País: 137 625 consultas nos centros de saúde; 73 360 consultas de enfermagem; 50 914 consultas nos hospitais;…
O Sr. Luís Soares (PS): — Não funciona? A Sr.ª Joana Lima (PS): — … 3000 cirurgias; 17 000 episódios de urgência; 3800 acionamentos de meios
do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), etc., etc., etc. Vozes do PS: — Muito bem! Protestos de Deputados do PSD. A Sr.ª Joana Lima (PS): — É este o SNS que temos, é este o SNS que vamos continuar a reforçar e é este
o SNS de que o País precisa, Sr. Deputado. Aplausos do PS. O Sr. Bruno Nunes (CH): — Quais são as fontes desses dados? A Sr.ª Joana Lima (PS): — O Sr. Deputado falou no Pita Barros e referenciou a entrevista que ele deu hoje,
por isso vou-lhe ler um extrato dessa entrevista. O Sr. Ministro tem dito, em todo o lado aonde vai, que as negociações com os médicos irão sempre ser feitas até não poder mais. Mas há um limite, Sr. Deputado.
O Sr. Bruno Nunes (CH): — O Sr. Ministro tem dito muita coisa! A Sr.ª Joana Lima (PS): — O Pita Barros diz:… O Sr. Pedro Melo Lopes (PSD): — O Pita Barros, o seu amigo? A Sr.ª Joana Lima (PS): — … «A ideia de dar uma eventual folga orçamental hoje para criar despesa pública
permanente para todo o futuro é equivalente a estar a escrever uma carta a pedir o regresso da troica daqui a dois ou três anos, quando a folga orçamental desaparecer e o aumento da despesa pública se tornar um problema.»
Aplausos do PS. Portanto, Sr. Deputado, o Governo do Partido Socialista está a dar o passo que pode dar. Não dá um passo
maior que a perna, porque sabe que esta é despesa permanente e que só pode ir até onde puder. O Sr. Bruno Nunes (CH): — Está à beira do abismo e vai dar um passo em frente! A Sr.ª Joana Lima (PS): — É isso que temos. E vocês, Sr. Deputado? Subscrevem estas palavras do Pita
Barros ou querem dar um passo maior que a perna, para depois chamar a troica?