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I SÉRIE — NÚMERO 2

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É inadmissível? Sr. Deputado Eurico Brilhante Dias, sabe quantas vezes votou ao lado do Chega na sessão

legislativa que acabou agora?

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Zero!

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Noventa e duas vezes!

Aplausos da IL.

A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — São as estatísticas!

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Portanto, não aceitamos lições de moral, especialmente quando o Partido Socialista é o grande responsável pelo crescimento do Chega em Portugal.

Protestos do PS.

Vozes do CH: — É o povo!

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Pela maneira como andam a brincar com o fogo, há anos, vocês acham que a existência do Chega vos garante poder para sempre. Talvez se queimem um dia, mas não antes

de fazerem um péssimo serviço à democracia.

O Sr. Miguel Matos (PS): — Já vocês…

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Vocês votam a favor da moção de censura!

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Mas também são responsáveis pelo crescimento do populismo, porque são absolutamente incompetentes em fazer aquilo que deveriam, que é responder aos legítimos anseios

das pessoas.

Incompetência é mesmo a palavra de ordem deste Governo. É incompetente na saúde — e nem vou perder

tempo com os inúmeros exemplos que poderia dar.

Protestos do Deputado do PS Eurico Brilhante Dias.

E é tão boa que vai ter de fazer uma reforma histórica agora, ao fim de oito anos.

Na educação é incompetente. Arrancou agora o ano letivo e já há 80 000 miúdos sem o quadro de

professores completo.

Na segurança social é incompetente; na justiça é incompetente; na agricultura é incompetente; na defesa é

incompetente; na aplicação dos fundos europeus é incompetente.

Protestos do PS.

Mas pior do que isto tudo e como se não bastasse, é incompetente, sobretudo, porque não é capaz de pôr o

País a crescer, coisa que talvez evitasse que os nossos jovens mais qualificados emigrassem em massa, e

talvez pudesse trazer um bocadinho mais de oportunidades para aqueles que cá quisessem ficar.

É permanentemente incapaz de ser uma fonte de estabilidade, não só política como institucional. É incapaz

de fazer uma reforma que se veja, a tal que arrepia o Sr. Primeiro-Ministro. E, pior, é incapaz de dar um rumo a

Portugal e qualquer pingo de esperança a quem nos esteja a ouvir hoje.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Afinal, há motivos!