20 DE SETEMBRO DE 2023
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O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — E é exatamente por acharmos que este Governo do PS é incompetente que apresentámos também, em janeiro, uma moção de censura.
Protestos do CH.
Na altura, dissemos que um dia a mais deste Governo era uma irresponsabilidade, e isso continua a ser
verdade. Por isso, cá estamos, em coerência, a votar em conformidade.
Risos do CH.
Porque a Iniciativa Liberal é, talvez, a força mais clara na sua posição política.
Protestos do Deputado do CH Pedro Pinto.
Nós queremos um governo novo e queremos o Chega longe desse governo.
Aplausos da IL.
Protestos do CH.
Porque é que, sendo isto tão claro, Sr. Primeiro-Ministro, sente necessidade de mentir e de desinformar? É
porque tem medo de não conseguir derrotar politicamente a IL de outra maneira? Porque é que tem de mentir?
Responda, por favor.
Aplausos da IL.
Protestos do L.
O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento em nome do Grupo Parlamentar do PCP, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, crescem as desigualdades e as injustiças, aumenta a exploração, avançam as privatizações e os serviços públicos degradam-se.
O sacrifício dos trabalhadores, dos reformados, dos jovens é o lucro dos grupos económicos.
O Sr. André Ventura (CH): — É «grupos económicos», é!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Esta é a realidade que o Governo insiste em não enfrentar. Faz que faz, para não fazer o que é preciso e resolver os problemas causados pelos baixos salários e pensões, preços
especulativos, os problemas da saúde, da educação e da habitação.
Com esta moção de censura o Chega procura iludir as pessoas para parecer ser o que não é. Nas questões
estruturais coloca-se sempre ao lado dos interesses dos grupos económicos, em prejuízo dos trabalhadores e
do povo.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Exatamente!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — É assim quando defende intransigentemente os lucros das grandes empresas.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Ora bem!
O Sr. André Ventura (CH): — É como os vossos prédios em Aveiro!