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23 DE SETEMBRO DE 2023

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aquilo em que é melhor e em que acaba por ter de alocar grande parte do seu esforço e do seu empenho em tentar garantir alguma estabilidade e navegar o mar de burocracia nas nossas instituições?

O programa que a Sr.ª Ministra anunciou, o FCT-Tenure — passemos por cima da piroseira da designação em inglês, peço desculpa, que só contribui para isolar ainda mais o ensino superior dos desígnios do País como um todo —, financia pouco, dá menos apoio do que davam os antigos programas do Estímulo ao Emprego Científico e não dá às universidades e aos centros de investigação a previsibilidade para poderem ter investigadores a longo prazo. E isso é grave, também.

Aquilo de que precisamos é de um novo modelo de financiamento — não só uma nova fórmula de financiamento, mas um novo modelo de financiamento —, em que se constitua um fundo estratégico de apoio ao ensino superior, financiado, por exemplo, com parte dos impostos sobre a atividade económica, que dê aos reitores e aos diretores de centros a possibilidade de contratarem a longo prazo e, aí sim, terem verdadeiras cátedras para jovens investigadores.

Precisamos de que o Orçamento do Estado preveja contratos-programa em que, verdadeiramente, as instituições tenham a capacidade de lançar concursos e precisamos de um fundo de apoio ao estudante do ensino superior, porque, de facto, aquilo que foi apresentado pelo Sr. Primeiro-Ministro não foi, de todo, o fim das propinas. É, aliás, um sistema que, de certa forma, é mais iníquo do que o anterior, porque, aqui, as famílias adiantam…

O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado volta a duplicar o seu tempo. O Sr. Deputado tem de concluir, tem de se ater ao seu tempo, se faz favor. O Sr. Rui Tavares (L): — É verdade, mas estou a ver que outros falaram ainda mais. Vou concluir, dizendo que… Protestos do PSD e do CH. O Sr. Presidente: — Não, Sr. Deputado. Até agora, ninguém ainda duplicou o tempo que lhe está destinado. Portanto, o Sr. Deputado tem de fazer o favor de concluir. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — É proporcional, não sei se percebes! O Sr. Rui Tavares (L): — Concluo, Sr. Presidente. Do que precisamos é de um fundo de apoio ao estudante do ensino superior que permita abolir

verdadeiramente as propinas e, depois, que as pessoas que têm rendimentos mais altos paguem, através dos seus impostos, se necessário for, um acréscimo para as políticas de ensino superior.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Já chega! O Sr. Presidente: — Nas intervenções do Governo nesta ronda, começa a Sr.ª Ministra da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, que tem a palavra. A Sr.ª Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estou aqui,

eu e os meus colegas, para responder ao Parlamento e respondi a todas as questões que me foram feitas, mas, como acho que devemos poupar e usar o tempo da melhor forma possível, sendo construtivos, agrupei as perguntas em temas e não referi o nome individual de cada Deputado.

Quanto a esta segunda ronda e às questões colocadas pelos Srs. Deputados Alfredo Maia, Joana Mortágua, Alma Rivera e António Topa Gomes, que têm a ver com o alojamento, vou responder em bloco, para não repetir a mesma coisa quatro vezes.

Relativamente ao alojamento, mais uma vez — e vou repetir um bocadinho o que já disse —, temos 131 projetos em execução e, como sabem, em termos do PRR, temos três tipologias: temos construção nova, temos adaptação de edifícios devolutos, como fábricas, etc., e temos requalificação de residências antigas, que estavam em muito mau estado e em que algumas das camas nem eram utilizadas.