19 DE OUTUBRO DE 2023
49
Protestos do Deputado do CH Pedro Pinto.
O Sr. Rui Tavares (L): — … investimento público, desagravar o trabalho com uma reforma fiscal progressiva,
atender à emergência social e discutir tudo isso aqui na Assembleia da República.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, ao menos a simpatia: «Vou concluir, Sr. Presidente…»
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Claro! Não passa cartão nenhum!
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Rui Tavares, quando à primeira questão, tem
absoluta razão, mas só por mais 24 horas, visto que amanhã o Conselho de Ministros aprovará o decreto-lei
sobre a aplicação de subsídio de desemprego às vítimas de violência doméstica.
Aplausos do PS.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Esse foi um bom número! Isso estava bem combinado! Bom
número! Bom número!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Quanto à segunda questão, o debate que o Sr. Deputado propõe é um debate
que, aliás, traremos à Assembleia da República, nesta proposta de Orçamento. E parece-me que essa proposta
que faremos foi bastante inspirada, devo dizer-lhe, numa questão que me colocou num debate que tivemos aqui
recentemente — talvez, na discussão da moção de censura —, em que o Sr. Deputado perguntou precisamente
o que é que se faz com o saldo.
Creio que o que propusemos é o equilíbrio responsável com o nosso futuro e com o nosso presente. Em
primeiro lugar, reservamos parte do saldo para reforçar o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança
Social, porque é necessário continuar a diversificar as fontes de financiamento da segurança social de modo a
garantir a sua sustentabilidade futura.
Protestos do Deputado do CH Pedro dos Santos Frazão.
Em segundo lugar, é preciso criar um fundo dedicado ao investimento, porque é necessário preparar o pós-
2026. Quando acabar o PRR e, na incerteza do que será o próximo quadro de financiamento numa Europa
alargada, é fundamental que, desde já, o País se prepare para criar um fundo que sustente a continuidade do
investimento público pós-2026.
Em terceiro lugar, pretende-se uma redução da dívida, porque, obviamente, isso é desagravar também o
nosso futuro coletivo. Queremos fazer este exercício ao mesmo tempo que respondemos à emergência social
e também àquilo que não é emergência social, mas que é o reforço estrutural de serviços públicos que são
pilares fundamentais do nosso Estado social, como é a escola pública ou o Serviço Nacional de Saúde.
Aplauso do PS.
O Sr. Presidente: — Terminamos, assim, o primeiro ponto da nossa ordem do dia e vamos seguir, sem
demoras, a não ser as que resultem da reorganização das bancadas, para o debate preparatório do Conselho
Europeu com o Sr. Primeiro-Ministro também.
Pausa.
Para iniciar o debate, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.