2 DE NOVEMBRO DE 2023
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O Sr. Ministro das Finanças: — Propõem alguns: «Porque não gastar agora?» Sr. Deputado, porque agora temos uma capacidade de investimento como nunca tivemos no nosso País, e é nesse investimento que nos temos de aplicar.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — E as necessidades? Tudo a degradar-se! O Sr. Ministro das Finanças: — Sr. Deputado, aplicamos da mesma forma que o temos feito —
investimento executado: em 2019, 3900 milhões; em 2020, 4600 milhões; em 2021, 5,5 mil milhões; em 2022, 5,7 mil milhões; em 2023, 7,4 mil milhões.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Quanto é que ficou por executar? E o que ficou por executar?! O Sr. Ministro das Finanças: — Sempre a aumentar, ao ritmo da execução dos fundos comunitários, e
sempre a aumentar, com as medidas que agora tomaremos. Aplausos do PS. O Sr. Duarte Alves (PCP): — E o que faltou?! O Sr. Presidente: — O Sr. Deputado Hugo Carneiro pede a palavra para que efeito? O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — É para um ponto de ordem à Mesa, Sr. Presidente, apenas para
facultarmos ao Governo, uma vez que os anos vão passando e a memória vai passando também, os últimos Orçamentos do Partido Socialista, que congelaram o salário mínimo, e o último Orçamento do PSD, que descongelou o salário mínimo.
Protestos de Deputados do PS. O Sr. Bruno Nunes (CH): — Isso é uma intervenção! O Sr. Hugo Carneiro (PSD): — Portanto, queríamos fazer chegar ao Governo esses documentos do
Orçamento do Estado, para o relembrarmos. Aplausos do PSD.Protestos do PS. O Sr. Filipe Melo (CH): — Isso é uma intervenção, pá, não é um ponto de ordem à Mesa! O Sr. Presidente: — Sendo esses dados públicos, passamos então ao pedido de esclarecimento em nome
do Grupo Parlamentar do PSD, tendo a palavra a Sr.ª Deputada Isaura Morais. A Sr.ª Isaura Morais (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e
Srs. Deputados, Sr. Ministro, o imposto sobre o lucro das empresas em Portugal coloca-nos na cauda dos 38 países da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, de acordo com o ranking da competitividade fiscal de 2023 — estes são dados divulgados este mês.
É a taxa média efetiva do imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas, tal como a OCDE a calcula, que melhor reflete a expectativa do investidor sobre a tributação dos lucros do seu investimento. Portugal tem a terceira taxa média efetiva da União Europeia mais elevada, e por isso perdemos atratividade para o investimento estrangeiro. Quem pretende investir, se puder pagar menos impostos relativos aos seus lucros, não decide pagar mais.