2 DE NOVEMBRO DE 2023
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Aplausos do PS. Neste contexto, a primeira grande conclusão é: este é um Orçamento do Estado que deixa a oposição sem
argumentos, deixa a oposição sem tema, sem razão e sem estratégia. Aplausos do PS.Protestos de Deputados do CH. O Sr. Bruno Nunes (CH): — A oposição somos nós! O Sr. Sérgio Ávila (PS): — A segunda grande conclusão é: este Orçamento do Estado permite proteger o
futuro dos portugueses em duas grandes dimensões. Por um lado, pela primeira vez, este ano, teremos um saldo estrutural equilibrado. O saldo estrutural não é
um conceito técnico. O saldo estrutural quer dizer que, a partir de 2023, as despesas que teremos no futuro de caráter permanente serão iguais às receitas que teremos no futuro de caráter permanente, o que quer dizer que não estamos a tomar decisões que irão onerar as gerações futuras e que irão condicionar as opções futuras. E essa é uma conquista fundamental para projetar o futuro do nosso País.
Aplausos do PS. Por outro lado, permite confirmar uma redução da dívida pública em 34 pontos percentuais, face à dívida
pública que tínhamos quando o PSD deixou o Governo. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — É verdade! O Sr. Sérgio Ávila (PS): — Isso permite concretizar cinco objetivos fundamentais. Primeiro: o reforço da capitalização da segurança social, dando maior sustentabilidade às pensões futuras. Segundo: a criação de maior estabilidade do investimento no futuro. Terceiro: uma poupança efetiva no presente em termos de juros. Só reduzindo a dívida pública, como está
previsto, permite poupar 6500 milhões de euros em juros em relação àquilo que pagaríamos se tivéssemos a dívida pública no mesmo nível de 2022.
Aplausos do PS. São mais 6500 milhões de euros para apoio às pensões, para aumento dos salários, para o investimento
público e para o reforço do Estado social. Quarto: conforme confirmou o Conselho das Finanças Públicas, o facto de termos este saldo estrutural
equilibrado permite enfrentar oscilações cíclicas, que podem acontecer devido à conjuntura internacional, sem qualquer problema.
Quinto e último, muito importante, como referiu a UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental):… O Sr. Filipe Melo (CH): — Precisavas era de tautau, não é da UTAO! O Sr. Sérgio Ávila (PS): — … este Orçamento do Estado para 2024 transforma 2300 milhões de euros de
despesa que era temporária em despesa de caráter permanente. Ou seja, transforma apoios temporários em apoios permanentes, constituindo reforço de direitos.
Para terminar, gostaria só de dizer — e é nesse sentido a pergunta que faço ao Sr. Ministro das Finanças — que o PSD veio aqui dizer que teve de aumentar impostos, reduzir salários, reduzir pensões, porque quis salvar o País.