I SÉRIE — NÚMERO 19
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O Sr. Ministro das Finanças: — Não, tem razão, Sr. Deputado. A experiência foi daquele lado,… O Sr. Primeiro-Ministro: — São iguais, é tudo a mesma coisa! O Sr. Ministro das Finanças: — … embora muitos dos Srs. Deputados, porventura, tivessem apoiado
aquela alternativa, senão votado nela. Ora bem, foi por essa razão que essa estratégia falhou, e estaria sempre condenada a falhar em qualquer
momento futuro, quando não se percebe que precisamos de ter mais emprego. Por isso é que «emprego, emprego, emprego» foi a prioridade do Governo desde 2015.
O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — E crescimento! O Sr. Ministro das Finanças: — Por isso é que «rendimentos, rendimentos, rendimentos», reposição de
rendimentos, aumentos de salários, diminuição da carga fiscal sobre o trabalho são tão importantes, não só por questões de justiça, mas fundamentalmente por questões de equilíbrio económico, porque é isso que nos permite pagar a nossa dívida e termos um País a crescer melhor.
Aplausos do PS.Protestos do Deputado da IL Carlos Guimarães Pinto. Em terceiro lugar, Sr. Deputado, Aritmética 3: como é que há uma tributação de 47 % a seguir ao limite do
mínimo de existência? Ó Sr. Deputado, sabe porquê? Porque nós fizemos uma reforma para precisamente diminuir essa tributação, porque, antes de a termos feito, ela era de 100 %, e não me recordo de nenhuma proposta da direita para que este problema fosse resolvido.
Aplausos do PS. O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — É só esperar dois dias! O Sr. Ministro das Finanças: — Sr.as e Srs. Deputados, a minha segunda palavra é sobre o investimento.
Sr. Deputado Rui Tavares, fez muito bem em assinalar a mudança que estamos a introduzir do ponto de vista da política orçamental do País.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ah, estava combinado! O Sr. Ministro das Finanças: — Em alturas de crescimento económico, em particular quando ele é
significativo, a boa política é termos saldos positivos ou equilibrados, tal como, da mesma maneira, quando a economia está estagnada ou em recessão, é necessário que haja espaço para ter défices orçamentais.
É esta a boa política, é este, felizmente, o resultado que hoje podemos escolher. É que, há poucos anos atrás, não podíamos fazer essa escolha, porque, como estávamos encostados a défices de 3 % ou acima, éramos obrigados no País, uns por convicção, outros por obrigação, a ter políticas pró-cíclicas no pior sentido.
Risos do Deputado do PSD Joaquim Miranda Sarmento. Daí a importância que damos à definição do fundo de investimento estruturante para o País: assegurarmos
os recursos quando eles são necessários. O Sr. Duarte Alves (PCP): — É agora!