I SÉRIE — NÚMERO 19
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Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, este é um Orçamento responsável. É responsável porque apoia os portugueses sem prescindir do equilíbrio orçamental. Preservamos, assim, o fundamental: a possibilidade de reagir caso as condições económicas se agravem, deixando os estabilizadores automáticos funcionar e não correndo riscos na nossa credibilidade financeira. É responsável porque a despesa corrente, sem juros e sem gastos financiados pelo PRR, crescerá 5,7 %, em 2024, passando a pesar 37 % do PIB, o que significa que, mesmo à saída de um ciclo inflacionário, esta ficará em linha com os valores registados antes da pandemia.
Aplausos do PS. Esta é, Sr.as e Srs. Deputados, mais uma vez, uma escolha deste Governo, uma escolha pela
responsabilidade. Este é um Orçamento que protege o futuro, porque o que se exige a um Governo é que antecipe os
desafios. Este é um Orçamento que antecipa desafios, reforçando como nunca o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, reforço que acrescerá àquilo que fizemos em 2022 e 2023, anos em que foram alocados a este Fundo mais de 5,7 mil milhões de euros. E, para 2024, vai ser criado o fundo para o investimento estruturante, porque também sabemos que o PRR, um dia, poderá não ter a dimensão que desejamos e que, nessa altura, será importante que a nossa economia continue a ter meios para investir. Uma vez mais, é uma escolha deste Orçamento.
Por último, este é um Orçamento que prossegue a redução da nossa dívida pública. O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Muito bem! O Sr. Ministro das Finanças: — Já em 2023, já este ano, o peso da nossa dívida pública será inferior ao
da Grécia, da Itália, da Espanha, da França e da Bélgica. Aplausos do PS. Em 2024, a dívida pública vai cair para menos de 100 % do PIB, o que não acontecia desde 2009.
Sabemos que os juros vão continuar elevados e, também por isso, esta escolha do Governo é essencial. Basta ter presente que, se Portugal registasse em 2024 o peso da dívida de 2022, cada residente teria de suportar mais 125 € em impostos para a conseguir pagar.
O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Muito bem! O Sr. Ministro das Finanças: — Os que criticam a descida da dívida fazem-no porque falham onde o
Governo está a ter sucesso. A direita apregoa a redução da dívida, mas todos os dias defende mais e mais medidas, prometendo sem
critério nem limite. O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — É verdade! O Sr. Ministro das Finanças: — A direita não reduziu a dívida no passado e não tem qualquer ideia sobre
o que iria fazer no presente,… Protestos do Deputado do CH André Ventura. … porque, na verdade, a direita não sabe reduzir a dívida, pois continua presa à sua ideologia de redução
do Estado social, da contração do crescimento dos rendimentos e dos direitos dos trabalhadores. Aplausos do PS. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Três bancarrotas!