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20 DE NOVEMBRO DE 2023

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Claro!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Para o Chega, as rendas podem aumentar para valores incomportáveis, as

pessoas podem ficar sem casa e até serem despejadas.

O Sr. André Ventura (CH): — Como o prédio em Aveiro, aí é que as rendas subiram!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — O que não se pode é colocar em causa os lucros dos grandes proprietários e

dos fundos imobiliários.

Durante toda a discussão do Orçamento não houve qualquer disponibilidade da maioria absoluta do PS para

avançar com soluções para valorizar o poder de compra dos trabalhadores e dos reformados, para fixar

profissionais de saúde no Serviço Nacional de Saúde,…

Protestos de Deputados do CH.

… para contabilizar o tempo de serviço dos professores, para assegurar que ninguém fica sem a sua casa,

para reduzir preços dos bens essenciais.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Eles estão muito nervosos, hoje! Não se calam!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — As propostas que o PS aprovou não alteram um milímetro ao Orçamento que

deu entrada na Assembleia, tal como não houve disponibilidade para aumentar os salários tendo como

referência 15 %, no mínimo de 15 €, ou uma resposta efetiva de valorização das carreiras, remunerações e

garantias de condições de trabalho aos médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, ou então também a

valorização da carreira docente. Não teve nenhuma disponibilidade com os funcionários judiciais, as forças de

segurança ou as Forças Armadas, para reforçar os seus direitos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Para quem o Governo sempre teve total disponibilidade, numa atitude de

subserviência do poder político ao poder económico, foi com o grande patronato e os grupos económicos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Puseram-se em sentido!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Mais desigualdades e injustiças; mais dificuldades na vida dos trabalhadores

e do povo. Este é o legado da maioria absoluta do PS.

Dizem que o País está melhor, mas a realidade é que as pessoas vivem pior.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Dizem que os indicadores económicos são bons, mas isso não tem nenhuma

tradução na vida das pessoas.

Invocam as contas certas, mas isso não coloca comida na mesa, não garante a consulta, não assegura o

professor, nem impede o despejo.

Contas certas para quem? Só mesmo para uma pequena minoria, que concentra riqueza criada pelo trabalho

de uma ampla maioria.

Passados estes dois anos, a maioria absoluta do PS não foi nenhuma garantia de estabilidade;…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É um facto!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … foi, isso sim, garantia de instabilidade na vida do povo português.