20 DE NOVEMBRO DE 2023
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recupere o controlo público de empresas e setores estratégicos; apoie as MPME (micro, pequenas e médias
empresas), pela justiça fiscal; fixe e reduza os preços, sobretudo dos alimentos, da energia, das
telecomunicações; uma política que defenda o ambiente, proteja os ecossistemas e a biodiversidade; combata
a corrupção, as privatizações, o favorecimento do capital e ponha fim à promiscuidade entre poder político e
poder económico; uma política que afirme a soberania e a independência nacional, por uma política externa de
paz e cooperação entre os povos.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Muito bem!
O Sr. André Ventura (CH): — Esse é o discurso de 1989!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — A realização de eleições legislativas é uma oportunidade para romper com
este caminho de desigualdades e injustiças, uma oportunidade para construir uma alternativa política capaz de
dar concretização à política que eleve as condições de vida do povo, de progresso, justiça e desenvolvimento.
Enquanto aqui estamos, os trabalhadores estão na rua, não ficaram à espera e lutam.
O Sr. João Dias (PCP): — Claro!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo!
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Lutam pelo aumento dos salários e das pensões; lutam contra o aumento do
custo de vida; lutam pela revogação das normas gravosas da legislação laboral; lutam pelo direito à habitação;
lutam por uma vida digna.
Está nas mãos de cada um dos trabalhadores, dos reformados, das mulheres, dos jovens, com o seu voto,
juntar forças para tornar o sonho realidade.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal, tem a palavra o Sr.
Deputado Rui Rocha.
O Sr. Rui Rocha (IL): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro:
No debate quinzenal de 18 de outubro, eu disse-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que o seu Governo estava em fuga.
Confesso que nunca pensei que essa fuga acontecesse tão depressa.
Mas a fuga, a fuga permanente às responsabilidades, é, de facto, a marca da sua governação, que agora
termina.
Durante oito anos, a culpa foi sucessivamente da troica, que os senhores trouxeram para Portugal,…
Vozes da IL: — Muito bem!
O Sr. Rui Rocha (IL): — … do Governo que o antecedeu, da pandemia, da guerra, da inflação, das alterações
climáticas, dos professores, dos médicos e dos doentes que se juntavam nas urgências dos hospitais. E agora,
para terminar, a culpa é do parágrafo.
Mas não foi o parágrafo que escolheu Lacerda Machado para ser o seu melhor amigo.
Aplausos da IL.
E não foi o parágrafo, Sr. Primeiro-Ministro, que escondeu 75 800 € em notas na sua residência oficial.
A Sr.ª Patrícia Gilvaz (IL): — Muito bem!