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I SÉRIE — NÚMERO 25

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Haja seriedade e haja memória, para que a desonestidade não compense, e haja força para quem defende — e não só quando há eleições — o interesse nacional e os trabalhadores, que tanta luta tiveram connosco ao seu lado.

Aplausos do PCP. O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra a Sr. Ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes. A Sr. Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Na

verdade, Sr. Deputado André Ventura, o Chega pediu este debate,… O Sr. Pedro Pinto (CH): — E bem! A Sr. Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — … não para debater estratégias e visões para o

País, mas, mais uma vez, para fazer o seu momento de redes sociais e de insinuações sobre as instituições. Isso, Sr. Deputado, volto a frisar, descredibiliza as instituições e descredibiliza uma coisa que eu prezo muito, há muitos anos, como Deputada que fui, nesta Casa, 22 anos: é o debate parlamentar com clareza.

Por isso, porque prezo esse debate, Sr.as e Srs. Deputados, vamos ao que interessa neste ponto. O que interessa, em primeiro lugar, é que Portugal está confrontado, como o mundo, com duas transições

absolutamente essenciais. Por um lado, a transição digital para modernizarmos e inovarmos a nossa economia e, por outro lado, a transição climática e a transição verde, de forma que possamos combater as alterações climáticas e, ao mesmo tempo, aliar estas duas transições, desenvolvendo o nosso País.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O problema não é a transição; é a transação! A Sr. Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — Ora, para isso, o que é que o Governo fez? Em

primeiro lugar, teve uma estratégia de atração de investimento estrangeiro em Portugal, que, volto a frisar, se cifra, nestes oito anos, em 56 mil milhões de euros de investimento estrangeiro direto em Portugal, não só com o desenvolvimento territorial e desenvolvimento social, mas a criação de 640 000 postos de trabalho, dos quais 495 000 são postos de trabalho qualificados.

Por isso, Sr.as e Srs. Deputados, também aqui usámos total transparência, obedecendo sempre às regras, que são muito fiscalizadas nestes investimentos, desde as avaliações técnicas mais exigentes, e que nunca pode resultar, Sr.as e Srs. Deputados — para os futuros governos, também —, de qualquer decisão arbitrária ou discricionária do Governo.

Em segundo lugar, sim, Sr.as e Srs. Deputados, têm razão. A burocracia impede a atração de mais investimento e desenvolvimento da nossa economia. E não, Srs. Deputados, a simplificação não traz compadrio, conluio.

O Sr. Rui Tavares (L): — Depende! A Sr. Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: — A desburocratização, a simplificação

administrativa, traz maior transparência, promove maior capacidade de o Estado atuar e promove, sobretudo, a capacidade de, com redução de burocracia e com a eliminação dos custos de contexto, conseguirmos, sim, atrair mais investimento e criar mais postos de trabalho.

Aplausos do PS. Foi por isso, Sr.as e Srs. Deputados, que em 2021 iniciámos o Simplex do licenciamento e que, desde o início

do ano, está em vigor o licenciamento ambiental e, também, o licenciamento na construção da habitação e o licenciamento industrial. Sim, maior simplificação traz maior transparência aos procedimentos.

Tudo isto porque, Sr.as e Srs. Deputados, em terceiro lugar, porque qualquer Governo responsável tem de ser capaz de defender o interesse público, que mais não é do que conciliar todos os interesses públicos,