12 DE DEZEMBRO DE 2023
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que o nível escolar vai continuar a cair, porque o papel da escola foi redefinido, a missão principal deixou de ser a formação intelectual e passou a ser a formação social.
O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — E ideológica! A Sr.ª Rita Matias (CH): — E quem é que pensou esta formação social? Paulo Freire, o pedagogo mais
citado e estudado nas escolas e universidades, que, por coincidência, é marxista… O Sr. Alfredo mais (PCP): — Essa agora!… A Sr.ª Rita Matias (CH): — … e, por coincidência também, dizia que a educação devia ser um instrumento
de ação transformadora, uma praxis política de rutura radical de estruturas e de transformação de consciências. Aplausos do CH.Risos do Deputado do PCP Bruno Dias. Meus caros, para estes senhores, o ensino universal nunca foi um fim em si mesmo. Para estes senhores, o
ensino e a escola são um meio para fazer avançar a revolução cultural e política. A Sr.ª Isabel Pires (BE): — É tão ignorante! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Dizia Estaline que a produção de almas é muito mais importante do que a
produção de tanques. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Fala do que não sabe! A Sr.ª Rita Matias (CH): — Chega de décadas e décadas a deformar a alma das crianças nas nossas
escolas, nas escolas portuguesas,… Aplausos do CH. … porque pior do que uma geração sem oportunidades, sem salários dignos, sem habitação, é uma geração
doutrinada e formatada… O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Está mesmo formatada! A Sr.ª Rita Matias (CH): — … para perpetuar os mesmos de sempre no poder. Saibam uma coisa: com a esquerda não se negoceia, muito menos a educação dos nossos filhos! Aplausos do CH. O Sr. Presidente: — Para uma intervenção em nome do Grupo Parlamentar do PS, tem agora a palavra a
Sr.ª Deputada Lúcia Araújo da Silva. A Sr.ª Lúcia Araújo da Silva (PS): — Sr. Presidente, cumprimento-o, bem como ao Sr. Ministro, à Sr.ª
Ministra, aos Srs. Deputados. A marcação da Iniciativa Liberal de um debate de urgência sobre educação, para afirmar que estamos
perante a geração mais abandonada de sempre, é uma ofensa aos professores, aos alunos e às suas famílias, aos assistentes técnicos e operacionais, às políticas do Governo na defesa da escola pública, aos autarcas e a toda a comunidade educativa.