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I SÉRIE — NÚMERO 30

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A personalidade forte, vibrante, exigente e sempre leal deixa saudades a todos os que privaram com o General Luís Araújo.

Sob proposta unânime da Comissão de Defesa Nacional, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pela morte do General Luís Araújo, dirigindo as devidas condolências à sua família e amigos, à Força Aérea Portuguesa e às Forças Armadas.»

O Sr. Presidente: — Muito obrigado. Vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto. Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade. Gostaria de saudar os familiares do General Luís Araújo presentes na Galeria e endereçar, em nome da

Assembleia da República, e também em meu nome pessoal, as condolências à sua mulher, a Dr.ª Maria Manuela Araújo. Queria ainda saudar a presença do Sr. Representante do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Tenente-General Rui Freitas, e do Sr. Representante do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General António Nascimento, e endereçar também, em nome da Assembleia da República, às Forças Armadas e à Força Aérea as nossas condolências.

Vamos, agora, passar ao Projeto de Voto n.º 523/XV/2.ª (apresentado pela Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto) — De pesar pelo falecimento de Carlos Almeida de Oliveira.

Para ler o projeto, passo a palavra ao Sr. Deputado Duarte Pacheco. O Sr. Secretário (Duarte Pacheco) — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o projeto de voto é do seguinte teor: «Faleceu, no passado dia 3 de outubro, aos 80 anos de idade, Carlos Almeida de Oliveira, remador olímpico,

antigo campeão nacional, que representou Portugal nos Jogos Olímpicos Munique 1972, e popularmente conhecido como Carlos “Bóia”.

Nascido no Bairro Velho da CUF, na cidade do Barreiro, em 12 de setembro de 1943, o destacado atleta em variadas modalidades deixa uma marca de relevo no desporto português.

Aos 16 anos, na doca da CUF, instituição a que ficou ligado como trabalhador (na metalomecânica pesada, como caldeireiro), iniciou a prática do remo, tendo conquistado ao longo da sua carreira diversos títulos nacionais e internacionais nesta modalidade desportiva, tendo, ainda, praticado modalidades como o judo, a luta greco-romana, o atletismo, o hóquei em patins, a vela e o futebol.

No que diz respeito a títulos, destacam-se as quatro vezes campeão nacional de luta, às quais se juntam seis internacionalizações, tendo ainda conquistado outros tantos destaques enquanto judoca.

No remo, recolheu mais de 60 títulos ao serviço da CUF, baluarte nacional ao nível do remo, em campeonatos nacionais, bem como luso-brasileiros e mundiais, tendo contabilizado 143 internacionalizações e a conquista, em 2004, do título mundial de remo, na categoria de veterano, aos 61 anos, em 2002, da medalha de bronze e, em 2003, da medalha de prata, nesta mesma categoria.

Em 1972, Carlos “Bóia” representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Munique, em double sculls, ao lado de Manuel da Silva Barroso, e, em 1973, conquista o título nacional em três modalidades diferentes — remo, judo e luta greco-romana —, tornando-se o único em Portugal a conquistar tal proeza e uma figura incontornável do desporto português, sendo, em 2008, Rosto do Ano, distinguido pela Costa Azul — Região de Turismo de Setúbal.

Carlos “Bóia” exerceu, ainda, as funções de treinador de remo do Grupo Desportivo dos Ferroviários do Barreiro, treinador de remo da CUF e treinador de remo indoor.

A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu pesar pela morte de Carlos Almeida de Oliveira, Carlos “Bóia”, destacado atleta em variadas modalidades, remador marcante, premiado com títulos nacionais e internacionais, que encontrou no desporto a sua paixão maior e a fez valer com o nome de Portugal, endereçando à família e amigos as suas sentidas condolências.»

O Sr. Presidente: — Obrigado. Vamos votar a parte deliberativa do projeto de voto que acaba de ser lido. Submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.