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I SÉRIE — NÚMERO 34

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O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — … acredite na capacidade do Parlamento, acredite na capacidade do trabalho conjunto e sem demagogia, para tentar construir soluções conformes à ordem jurídica.

Finalmente, deixo uma última nota. De facto, Sr.ª Deputada Patrícia Gilvaz, a proposta apresentada evoluiu no decurso da avaliação das últimas semanas — e até dos últimos dias e até das últimas horas —, mas fundamentalmente por uma razão: apesar de a solução que propúnhamos na versão anteriormente distribuída, uma não-destruição durante 15 dias, se nos afigurar equilibrada, o que é certo é que, relendo o acórdão, havia o risco de poder não passar o crivo do Tribunal Constitucional.

Isto não significa que esta solução de um prazo muito curto de conservação seja melhor, porque, apesar de tudo, há dois votos de vencido importantes naquele acórdão, há muitos Estados-Membros da União Europeia que procuram uma solução distinta desta e, além disso, há uma pluralidade de muitos outros tipos de dados, igualmente sensíveis — tanto quanto estes —, em que a conservação generalizada acontece por outras razões.

Portanto, não estou a dar nota de que isto é uma capitulação em absoluto e de que este tema termina aqui, o que nos parece é que é, hoje, muito mais importante termos uma lei que, para algumas circunstâncias, permite uma solução conforme à Constituição, de acordo com a leitura do Tribunal Constitucional, do que continuarmos sem lei nenhuma, que é o que temos agora. E, portanto, o compromisso a que chegamos e a aproximação que fazemos a todas as bancadas vai neste sentido: é preferível termos um regime que dê soluções do que continuarmos sem lei alguma.

Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda. O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente: Quando comecei a intervenção anterior dizendo «nós

bem avisámos», estava à espera das dores do PS, das dores do PSD, mas, estranhamente, quem mais se doeu foi o Chega.

O Sr. André Ventura (CH): — Vocês não vivem sem o Chega! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — E percebi porquê. É que o Chega votou ao lado do PS e do PSD, que há

40 anos não resolvem este problema. A Sr.ª Rita Matias (CH): — Olha, mas já arrumaste o gabinete, ou não?! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — O douto Deputado André Ventura, conhecedor profundo da Constituição,

votou ao lado daquilo que é claramente inconstitucional. Mas, não contente por ficar ao lado dos 40 anos de PS e PSD…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — 2015! Tem vergonha na cara! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … e da afronta ao Tribunal Constitucional, quando o Tribunal

Constitucional diz: «Vejam lá, tem de corrigir o artigo 6.º, porque o artigo 6.º é inconstitucional, têm de corrigir», o que é que o Chega faz? Vai corrigir o artigo 9.º!

O Sr. André Ventura (CH): — Exatamente! O Sr. Pedro Pinto (CH): — E o do Bloco?! O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Se calhar, viram foi aquilo no espelho! Estavam a tentar copiar pelo

colega do lado e como o número tem uma rodinha e um tracinho, pensaram que devia ser um 9. Não, Sr. Deputado, era o 6! E, por isso, de conhecimento de leis, fica claro como o Chega vê bola!

Aplausos do BE.