I SÉRIE — NÚMERO 36
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Aplausos do PS. Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Presidente, para terminar, este é o nosso foco, o nosso rumo para melhorar o
SNS. É para isso que trabalhamos, com a ajuda dos profissionais de saúde e de todos os portugueses, e continuaremos a lutar e a trabalhar para reforçar o Serviço Nacional de Saúde.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem! A Sr.ª Joana Lima (PS): — Nem a desvalorização que o PSD tem demonstrado, aliás, lançando o pânico
sobre os portugueses, nos desmotiva ou faz baixar os braços; pelo contrário, ainda nos dá mais força, mais energia, mais capacidade para termos e construirmos um SNS mais capaz de responder aos portugueses que dele precisam.
Protestos do PSD e do CH. Trabalhamos para que o SNS seja uma porta de acesso aos cuidados de saúde para todos os portugueses,
independentemente da sua situação financeira ou outra qualquer condição. Nada nem ninguém nos vai desviar nem desfocar de continuar a construir um SNS mais forte e ainda mais capaz.
Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, inscreveram-se junto da Mesa cinco Deputados para lhe fazerem
pedidos de esclarecimento. Presumo que responda em bloco. Para formular o primeiro pedido de esclarecimento, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra
o Sr. Deputado Guilherme Almeida. O Sr. Guilherme Almeida (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Joana Lima, tenho de
lhe fazer um pedido de esclarecimento, já que o Governo não quis estar presente neste debate tão importante e numa altura tão importante para o Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PSD. O Serviço Nacional de Saúde degradou-se a um ritmo acelerado nestes oito anos de governação do Partido
Socialista, com graves consequências para a saúde dos portugueses. Um crescente número de utentes sem médicos de família, tempos de espera intermináveis, urgências encerradas e em colapso, doentes obrigados a longas deslocações, falha na emergência médica, enfim, um SNS em estado calamitoso.
Ainda esta semana, o País ficou a saber que os bombeiros poderão passar a cobrar nos hospitais o tempo que as suas macas fiquem injustificadamente retidas nas urgências hospitalares. Consternados, ouvimos o Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses denunciar que há ambulâncias paradas nos hospitais durante 16 horas, prejudicando o trabalho dos bombeiros e o socorro a doentes que necessitam de transporte em ambulância.
Este exemplo de má gestão do SNS também se verifica nos transportes aéreos de emergência. O INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) tem ao seu serviço quatro helicópteros para o transporte de doentes graves que deveriam funcionar 24 sobre 24 horas. Acontece que, a partir do início deste ano, os helicópteros que atuam a partir de Viseu e Évora deixam de operar no período noturno. Ora, esta é uma situação que um Governo competente teria sabido acautelar, evitando prejuízos para as populações do interior. Aliás, ainda há dias, um doente em estado crítico, que deveria ter sido transportado em helicóptero numa viagem de 25 minutos, acabou por demorar duas horas numa ambulância.
A construção do Centro Ambulatório de Radioterapia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu é uma antiga aspiração da região centro, um projeto adiado desde 2017. Sucede que, mais de seis anos depois, ainda não