11 DE JANEIRO DE 2024
31
cientistas, gestoras, professoras, aquelas pessoas que poderiam levar o País para a frente, mas, em vez disso,
estão a deixar o País para trás.
Estamos a perder os nossos melhores quadros e sem eles nenhum país consegue crescer. Quando um país
não cresce, sofrem todos, incluindo os mais pobres e menos qualificados.
Aplausos da IL.
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, registou-se um Sr. Deputado junto da Mesa para lhe fazer um pedido de
esclarecimento.
Para formulá-lo, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado César Vasconcelos.
O Sr. César Vasconcelos (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, quando falamos em intervenção
do Estado nas empresas, falamos de gestão. E, quando falamos de gestão, podemos dar o exemplo da Efacec.
Em julho de 2020, o Estado anuncia a nacionalização da maioria da capital da Efacec — segundo o Governo,
uma empresa estratégica para a economia nacional —, assumindo 71,73 % da empresa, justificando que em
causa estaria a degradação das contas da empresa e perspetivas económicas pouco animadoras. De dia para
dia, a situação da empresa ia-se degradando, à medida que o processo de venda se arrastava. Em junho de
2022, a empresa estava em falência técnica. O volume de negócios da Efacec passou de 224 milhões de euros,
em 2021, para 161 milhões de euros, em 2022.
Recordo, ainda, que o Governo alertou que o ganho do Estado com a Efacec dependeria da rentabilidade
futura da empresa, mas admitiu que o Estado poderia não recuperar a totalidade das verbas injetadas.
Sr. Deputado, se o Estado tinha quase 72 % do capital da Efacec, seguramente tinha um representante no
Conselho de Administração. Restam-me três questões: quem era o representante do Estado, o maior acionista
da empresa? Qual é que seria a estratégia para o administrador para todo este período de intervenção? E,
relativamente aos 400 milhões de euros injetados na Efacec, quanto e quando os contribuintes vão recuperar
deste valor?
Aplausos do PSD.
Neste momento, assumiu a presidência a Vice-Presidente Edite Estrela.
A Sr.ª Presidente: — Boa tarde, Sr.as e Srs. Deputados. Cumprimento todas e todos.
Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Guimarães Pinto. Faça favor.
O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Sr.ª Presidente, antes de mais, gostaria de agradecer a questão,
cumprimentar o Sr. Deputado César Vasconcelos e dar-lhe as boas-vindas a este Plenário.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Aproveita que não vais vê-lo muitas vezes!
O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Sr. Deputado, faço minhas as suas perguntas: quem tem de
responder, obviamente, é o Partido Socialista.
Aplausos da IL.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rui Tavares, do
Livre.
O Sr. Rui Tavares (L): — Sr.ª Presidente, Caras e Caros Colegas, Caras e Caros Concidadãos nas Galerias:
Tivemos vários debates sobre empresas públicas e sobre políticas públicas durante este mandato e, várias
vezes, nos debates sobre habitação, em que vivemos uma crise grave, a direita gritou «vem aí o socialismo».
O Sr. Pedro Pinto (CH): — O diabo!