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12 DE JANEIRO DE 2024

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A dinamização do setor privado, a luta contra a direita, a polarização, Srs. Deputados, não é só uma estratégia política, é também a assunção de uma enorme incapacidade de fazer, de entregar resultados. A degradação da escola pública, filhos em casa, pais ansiosos, professores em luta. As urgências, transformadas em farmácias de serviço abertas à vez para gáudio das seguradoras.

Quando se duplica o investimento e se pioram os resultados, isso tem um nome: incompetência, Srs. Deputados.

Aplausos do PSD. Nos transportes e na mobilidade os números não mentem. Outra falta de respeito para com o contribuinte e

para com as empresas. TAP: 3,2 mil milhões de euros investidos, 3000 trabalhadores a menos, cortes salariais de 25 %, menos aviões, menos rotas. No final de tudo ainda se prestam à propaganda de vir dizer que tiveram 66 milhões de lucro. Pudera!

Quanto à CP, acumula injeções de capital desde 2016, no valor de 3,8 mil milhões de euros, mas ainda se prestam novamente, mais uma vez, a bater com a mão no peito: 9,1 milhões de euros de lucro em 2022. Pudera!

Conseguiram vender a Efacec depois de mais de 300 milhões de euros investidos, mais uma vez à conta do contribuinte, partidarizando a salvação da empresa e nacionalizando o seu custo. Mas até março estou certo de que encontrarão forma de dizer que deram um grande impulso à alta velocidade em Portugal quando, ao fim de oito anos no poder, precisaram da pressão dos fundos europeus para arrancar.

Aplausos do PSD. E Portugal inteiro ficou à espera. O Partido Socialista suportou um Governo que deixou o País em pausa,

num estado de letargia que o próprio anseia substituir. Mas substituir por si próprio, propondo-se falar ao País apresentando igualmente os mesmos protagonistas.

Vou terminar, Sr. Presidente. No ano em que se celebram os 50 anos da liberdade, o partido do Governo diz aos portugueses que só ele, só o PS, pode dar um Governo democrático a Portugal.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — É verdade! O Sr. Carlos Eduardo Reis (PSD): — Como se o Portugal inteiro que não vota no Partido Socialista fosse

antidemocrático. Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Carlos Eduardo Reis (PSD): — Como se um partido que também construiu a democracia, como o

PSD, fosse menos merecedor desse voto. Aplausos do PSD. Depois de oito anos de espera, é a altura de entenderem, Sr.as e Srs. Deputados: podem nacionalizar

empresas, mas não nacionalizam a democracia. O Sr. Bruno Dias (PCP): — Agora querem privatizar a democracia?! O Sr. Carlos Eduardo Reis (PSD): — Podem partidarizar lucros, mas não partidarizam a liberdade. Podem

querer um país onde só um governa, mas em Portugal, nos 50 anos de Abril, todos votam. Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Patrícia Gilvaz, do Grupo

Parlamentar da Iniciativa Liberal.