25 DE JANEIRO DE 2024
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A lista de casos que envolve o líder do PS inclui ainda a compra de ações dos CTT (Correios de Portugal), sem que qualquer explicação tenha sido dada aos portugueses.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, toda esta realidade classifica a situação do PS. Estamos perante um Partido Socialista que é o responsável único e exclusivo pela situação em que o País se encontra. Estamos perante um Partido Socialista que diz apresentar soluções para os problemas estruturais do País, sem nunca as ter implementado durante os mais de 20 anos da sua governação. Apresenta a mesma equipa que nos governou e que é responsável, toda ela, pela atual situação do País. Apresenta um candidato a primeiro-ministro que, enquanto ministro, foi responsável, tal como todos os outros, pelo caos global, a que acresceu, no seu caso, um voluntarismo, umas crises de amnésia, as contradições, a ligeireza na governação da causa pública, que levantam muitas dúvidas sobre a sua competência para a função.
Se os portugueses acham que tudo isto é pouco, então devem continuar a votar no Partido Socialista. Mas os portugueses que estejam desiludidos, fartos, cansados, que não queiram mais do mesmo, sabem, no seu íntimo, que só há uma alternativa real,…
O Sr. André Ventura (CH): — É verdade, é o Chega! O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … e que a mesma é corporizada pela Aliança Democrática. O dia 10 de março será o dia da mudança em Portugal. Aplausos do PSD. Sr. Presidente, permita-me que utilize 30 segundos, visto ser esta a minha última intervenção na Assembleia
da República, para agradecer a todos a amizade e o respeito que sempre senti de todas as bancadas. Servir o Parlamento e Portugal é uma honra que nunca esquecerei. Servir o Oeste não foi menos para mim. Dei o melhor em tudo o que fiz. Quero agradecer a amizade de todos: dos Srs. Presidentes Almeida Santos, Jaime Gama, Mota Amaral, Assunção Esteves, Ferro Rodrigues e Santos Silva; e dos Deputados de todas as forças políticas e do meu partido, naturalmente.
Permitam-me que dê um exemplo pessoal de algo que gostaria que pudesse perdurar aqui, nesta Casa, para sempre. Há cerca de 10 anos, vivi uma situação pessoal complicada. Um dia, uma colega de uma força política oposta à minha telefonou-me para saber de um assunto da Mesa, e eu respondi o melhor que podia. Passada meia hora, voltou a ligar-me e disse: «Duarte, percebi, pela sua voz, que não está bem. Não quero saber o que é, mas, se for preciso alguma coisa, estou aqui.» Que esta amizade possa reinar sempre nesta Casa.
Aplausos do PSD e do PS, de pé, e da IL e do BE. Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Adão Silva. O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Deputado Duarte Pacheco. Tendo eu, neste momento, a subida honra de ser o Presidente em exercício do Parlamento, quero expressar
a grande amizade e o privilégio que foi ter estado aqui tantos anos com V. Ex.ª, bem como expressar os votos de maiores sucessos na sua vida fora do Parlamento, e, sobretudo, que nos vamos encontrando pela vida, já que V. Ex.ª e eu próprio nos afastaremos das lides parlamentares.
Sendo assim, para uma declaração política pelo Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr. Deputado André Ventura.
O Sr. André Ventura (CH): — Ex.mo Sr. Presidente, Srs. Deputados: O País aproxima-se de um momento
decisivo para a escolha do seu futuro, no próximo dia 10 de março. Nos últimos meses, tivemos a queda de um Governo assolado num escândalo de prevaricação, corrupção e
tráfico de influências — como se a queda do Governo não fosse, por si, suficiente para deixar o País em alerta perante a degradação permanente a que as instituições estão a ser sujeitas em Portugal.
O fim de um Governo de maioria absoluta, a ausência de explicações, milhares de euros em notas, como se isso fosse pouco para os portugueses. Uma crise de instituições profunda, numa degradação ainda mais