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I SÉRIE — NÚMERO 41

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Volto à pergunta de Pedro Nuno Santos: «Mas o que é que não funciona?» O Sr. Pedro Pinto (CH): — O PSD! O PSD não funciona! O Sr. Joaquim Miranda Sarmento (PSD): — Muita coisa! Mas, em primeiro lugar, o Governo Socialista, de

que ele fez parte, de que é hoje o principal rosto e a que quer dar continuidade. Se o Primeiro-Ministro e o Governo já nada mandam, os portugueses saberão escolher um novo rumo para

Portugal. Saibamos recuperar a autoridade do Estado, dar condições às forças de segurança e garantir aos portugueses a segurança das pessoas e dos bens.

Os portugueses sabem que está nas mãos de cada um a mudança, com sentido de responsabilidade, com ambição e com moderação.

Aplausos do PSD. O Sr. Presidente: — Para proferir a declaração política em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a

palavra o Sr. Deputado Pedro Pinto. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Esta deverá ser a última Comissão

Permanente antes das eleições do próximo dia 10 de março, e é importante recordarmos porque chegámos aqui.

Tivemos um Governo socialista com maioria absoluta, mas que nunca foi um Governo credível; casos e casinhos, trapalhadas atrás de trapalhadas, com ministros e secretários de Estado a saírem, muitos envoltos em casos de corrupção, como foi o caso do ex-Secretário de Estado Miguel Alves, que fez desaparecer, como por magia, 300 000 € da Câmara Municipal de Caminha.

Via-se que era um Governo a prazo, debilitado, que nunca deu garantias de estabilidade. E como acabou este Governo? Acabou envolto numa polémica de corrupção, com o nome do Primeiro-Ministro envolvido e com o Chefe de Gabinete com notas dentro dos livros. Parece que já todos se esqueceram, a comunicação social tenta branquear, mas nós cá estamos para recordar.

Depois veio o esquema de corrupção na Madeira: autarcas, Presidente do Governo Regional, todos eles envolvidos numa teia de promiscuidade e de corrupção — a prova de que, em 50 anos de democracia, esta sempre esteve envolta em poderes políticos onde reina o amiguismo, o nepotismo e a corrupção. PS e PSD são iguais!

Chegámos às eleições e o PS tenta esquecer o passado de Pedro Nuno Santos, que saiu do Governo debilitado, sem explicar a trapalhada na TAP (Transportes Aéreos Portugueses) nem se sabia ou não do acordo de rescisão com a ex-administradora. Hoje, é líder socialista e fala como se não tivesse nada que ver com este Governo nem com o passado; votou contra o fim das portagens nas ex-SCUT (sem custo para o utilizador) no interior e no Algarve e, três meses depois, apresenta uma grande medida no seu programa eleitoral: demagogia pura!

Mas tenho uma novidade: ninguém acredita nas promessas socialistas, porque também António Costa disse, em 2015, que acabava com as portagens na Via do Infante, mas elas continuam.

Num debate televisivo, Pedro Nuno Santos consegue perguntar, sem se rir: «O que está mal em Portugal?»

Caro Pedro Nuno Santos: o que está mal? Pergunte aos portugueses que vão para a porta dos centros de saúde às duas e três da manhã para conseguirem uma senha para uma consulta; pergunte a 1 milhão e 700 mil portugueses que não têm médico de família; pergunte aos 4 milhões de portugueses que o Governo socialista deixou no limiar da pobreza.

Pergunte aos portugueses que têm de optar por meter comida na mesa ou combustível para ir trabalhar; pergunte aos professores deslocados que têm de dormir dentro de carros, porque não têm dinheiro para alugar uma casa; pergunte aos agricultores que investiram e a quem foram cortados os apoios à produção e a quem as ajudas de combate à seca ainda não chegaram; pergunte aos nossos jovens que são obrigados a emigrar para procurar uma vida melhor; pergunte aos oficiais de justiça que trabalham em condições quase desumanas e sem progressão nas carreiras; pergunte às forças de segurança maltratadas e esquecidas pelos