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II SÉRIE - NÚMERO 29

Relativamente ao primeiro choque petrolífero, os reajustamentos internos em Portugal apenas se iniciaram após as perturbações vividas de 1974 a 1976, pelo que só em 1978-1979 foi possível completar o ajustamento da balança de transacções correntes, para o que contribuiu a recuperação então ocorrida nas economias dos nossos principais parceiros.

Foi, assim, possível beneficiar, simultaneamente, das medidas restritivas internas com os efeitos da recuperação então em curso nas economias dos nossos principais parceiros económicos.

Para melhor esclarecer este ponto veja-se o quadro seguinte:

Taxas de crescimento anual em voíra®

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Os valores relativos a Portugal no ano de 1975 foram fortemente influenciados pelos acontecimentos políticos e sociais vividos no País, pelo que não se pode considerar o resultado de uma política deliberada de ajustamento ao choque petrolífero. Tanto assim foi que os consumos (privado e público) cresceram fortemente nesse ano e a quebra do PIB deveu-se, essencialmente, às reduções significativas registadas no investimento e nas exportações. Efectivamente, foi a partir de 1976 que o crescimento do consumo privado abrandou significativamente, nunca tendo ultrapassado a taxa de 0,6 % no quadriénio 1976-1979. Entretanto, o investimento sofreu quebras da ordem dos 5 % tanto em 1978 como em 1979.

Após este esforço de ajustamento, e tendo-se atingido em 1979 uma situação de equilíbrio na balança de transacções correntes, seria natural que se reorientasse a política económica num sentido mais expansionista, tendo em vista, nomeadamente, o estímulo ao investimento produtivo e a melhoria das condições de vida da população.

Foi o que se fez a partir de meados de 1979, na convicção, difundida pelos organismos internacionais, de que a recessão provocada pela reacção ao segvfiÔO choque petrolífero de 1979 seria passageira.

Infelizmente, isso não sucedeu, e desde o Snal de 1979 a economia portuguesa expandiu-se a taxas sensivelmente mais elevadas do que as verificadas nos principais países industrializados, como se verifica pelo quadro seguinte:

Taxas de crescimento anual em volume

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

(°) Estimativas do Departamento Central de Planeamento.

O consumo privado, que no conjunto dos 4 anos de 1976-1979 aumentara apenas 1,6 %, cresceu 5 % em 1980 e 3,5 % em 1981, e estima-se que crescerá 2,5 % no ano em curso, ou seja um crescimento de 11,4% no triénio 1980-1982.

Apesar dos esforços feitos, o consumo público continuou a aumentar, em termos reais, a ritmos demasiado elevados.

Por seu tumo, e tal como se pretendia, a formação bruta de capital fixo recuperou em 1980 (+9,0 %) e