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7 DE FEVEREIRO DE 1983

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técnicos regionais, como por técnicos de outros serviços, salientando-se a sua permanente disponibilidade para com todos os agentes da agricultura.

É assim que se prevê que no próximo ano se atinja um desenvolvimento capaz de responder às necessidades dos agricultores, no que se refere às especialidades de cada unidade, especialidades essas que a seguir descrevemos sucintamente:

Unidade de Monte Gordo

Trata-se de uma pequena parcela de areia, com a área de 2500 m2, situada junto aos viveiros florestais de Monte Gordo, da ex-Direcção dos Serviços Florestais, cedida, a título precário, aos serviços regionais.

Inicialmente (1975-1976), a referida Unidade foi apetrechada com as infra-estruturas necessárias à prática da agricultura forçada, tendo-se ministrado nessa época aos agricultores da região cursos práticos sobre aquele tipo de agricultura.

Tendo-se esgotado o número de agricultores que aproveitaram a frequência do curso em questão, os serviços regionais aproveitaram as infra-estruturas existentes com vista à valorização dos seus próprios técnicos de formação profissional e à demonstração destinada a agricultores e técnicos de outros locais.

Unidade de Tavira

Situada na cidade de Tavira, junto à sede da Sub--Região do Sotavento, esta Unidade, com cerca de 34 ha de superfície, dedica-se à agricultra e pecuária, com fins de experimentação e demonstração, entendida esta sob o ponto de vista técnico e de formação de agricultores, apoiando de forma contínua a Escola Secundária de Tavira no curso da especialidade (cerca de 80 alunos).

A parte agrícola abrange os domínios da citricultura, viticultura (vinho de mesa), fruticultura de sequeiro, horticultura (protegida e ao ar livre) e prunóideas.

No que respeita ao sector pecuário, é este constituído actualmente por 31 cabeças de gado bovino lei-Vtvc© adquiridos à Unidade do Alvor com as receitas realizadas na venda do gado charolês existente na Unidade até Setembro de 1980. A reconversão operada deve-se à circunstância de a criação do referido gado charolês oferecer índices duvidosos de utilidade técnica e formativa junto dos produtores da região.

O interesse prosseguido com a experiência de bovi-nicultura de leite, sob a responsabilidade da Divisão de Protecção e Melhoramento do Património Genético, prende-se com o melhoramento genético do efectivo existente, visando a melhor produtividade. Salientamos que algumas cabeças de gado já atingiram a performance desejada de mais de 301 por dia e muitas delas se encontram na casa dos 201.

O efectivo que se pretende atingir a médio prazo com aquela performance é de 40 cabeças. Uma vez atingido, as respectivas crias serão seleccionadas e fornecidas aos agricultores da região.

A alimentação do efectivo processa-se, em boa parte, à base de massa verde produzida na própria Unidade, completada com matéria seca e rações apropriadas.

Como é sabido, os particularismos da área de serviços regionais vocacionam o Algarve para determi-

nados domínios de eleição — citricultura e horticultura.

Seria impensável prosseguir nesta região uma experiência de produção de gado bovino de carne, atendendo à predominância do minifúndio e à escassez de zonas de pastoreio.

No entanto, dadas as peculiaridades da bovinicul-tura de leite (distintas da bovinicultura de carne), pretende-se, com a experiência de Tavira, averiguar até que ponto é viável a produção de gado bovino leiteiro, utilizando de forma equilibrada massas verdes, massas secas e rações.

A essa experiência estão afectas apenas 3 pessoas — 1 tratador de animais e 2 funcionárias, estas adstritas à sala de ordenha mecânica.

No referente aos investimentos realizados nesta experiência, remetemos para o mapa que constitui o documento n.° 3.

Unidade do Patacão

Esta Unidade nasceu da opção tomada pela Direcção Regional no que respeita à transferência da sede da Região de Faro para o campo, com a preocupação de ficar próxima daquela cidade.

Com esta transferência viabilizou-se o arranque das actividades do Projecto Luso-Alemão de Aprimoramento da Produção e Comercialização de Produtos Horto-Frutícolas na Região do Algarve a partir de Setembro de 1980.

Dado o particular relevo desta experiência, remetemos para o documento anexo n.° 4, o qual a desenvolve com algum pormenor.

Unidade do Paul

A Unidade de Exploração do Paul situa-se na serra algarvia, tendo por objectivo a implantação de um modelo de desenvolvimento silvo-pastoril. Nesse sentido têm vindo a desenvolver-se estudos no campo da ovini-cultura para definição de um sistema de produção adequado às condições existentes. Os parâmetros em análise são de ordem biológica e económica, o que permitirá possuir elementos para a definição do sistema de produção, permitindo a posterior reconversão de determinadas zonas da serra algarvia.

A exploração tem uma área de cerca de 173 ha e localiza-se no lugar do Paul, S. Bartolomeu de Messines, com a seguinte ocupação cultural:

100 ha com um povoamento de sobreiros e pinheiros em curva de nível;

19 ha de sobreiros adultos;

20 ha de alfarrobeiras; 16 ha de olival;

11 ha de terreno relativamente plano utilizado para culturas arvenses de sequeiro.

Investimentos. — O plano de exploração elaborado para a Unidade propõe a instalação de 140 ha de prado temporário de sequeiro à base de trevos subterrâneos para pastoreio directo, 12 ha para fenação e 3,7000 ha de forragens de regadio, com o seguinte escalonamento:

O período de instalação de 140 ha de prado é de 2 anos:

1.° ano — 75 ha; 2.° ano —65 ha;