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II SÉRIE — NÚMERO 131

cujo antemural é imponente», por volta dos séculos vii ou viic, a 500 m da velha Çafail, que se havia despovoado.

As provas de antiguidade de Vila Nova de Tazem passam pela existência, nas imediações, de algumas sepulturas abertas na rocha fazendo aparecer uma necrópole protocristã.

Sabe-se também da existência de uma via romana que, saindo de Viseu em direcção aos montes Herminios (serra da Estrela), passava em Vila Nova de Tazem.

No século xiii, em, 1258, pelas inquirições de D. Afonso III, constata-se que Vila Nova de Tazem fazia então parte do termo de Seia, por cujo foral se regia.

Integrada em plena serra da Estrela, Vila Nova de Tazem participa, directamente e de forma articular-mente actuante, em toda a economia desta região, mormente no desenvolvimento dos concelhos de Gouveia, onde se integra, e de Seia.

Merecendo particular destaque pelas suas actividades no campo da agricultura e vitivinicultura, Vila Nova de Tazem tem desenvolvido intensa actividade nestes sectores, atestada, aliás, nas. experiências da adega cooperativa, a Adega Vilanovense, e no armazém da Federação dos Vinhos do Dão, que aqui colhe dos seus melhores vinhos.

O cooperativismo e o associativismo agrícolas deram nesta povoação os seus melhores frutos, na melhoria das condições de vida da população e no relançamento económico, social e cultural dos seus vizinhos. De particular significado a existência da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Tazem, que já tem em funcionamento 2 delegações, sendo uma na sede do concelho — Gouveia — e outra na freguesia de Arcozelo da Serra.

A diversificação das actividades económicas levou ao aparecimento de uma empresa têxtil e ao incremento da construção civil e da serração de madeiras, o que, por sua vez, gerou um comércio muito activo e bem dimensionado.

A forte personalidade de Vila Nova de Tazem é reafirmada no empenho que faz na promoção culturaí da sua população, mantendo actividades culturais quase centenárias, promovendo actividades escolares a nível básico em 2 escolas e a nível preparatório através da Telescola, que se espera transformada, dentro em pouco, num ciclo preparatório, que englobará os alunos das povoações vizinhas de Lagarinhos, Passarela, Cativelos, Póvoa da Rainha, Lajes, Girabolhos e, eventualmente Rió Torto.

Como corolário deste desenvolvimento e por vontade ancestralmente demonstrada pela população é a elevação desta povoação a vila condição fundamental para a caminhada futura na senda do progresso.

Nestes termos, os deputados sociais-democratas abaixo assinados apresentam o seguinte projecto de lei:

ARTIGO ÚNICO

A povoação de Vila Nova de Tazem é elevada à cav tegoria de vila.

PROJECTO DE LEI N.° 365/111

ELEVAÇÃO 0A FREGUESIA 0E SAO MAMEDE 0E INFESTA A CATEGORIA DE VILA

1 — Orago: São Mamede. — A antiga freguesia de São Mamede de Infesta foi vigararia da apresentação do Balio de Leça, no antigo concelho da Maia. Passou mais tarde a abadia.

A Ponte Petrina, da antiga via romana de Calle a Bracara, atravessava o rio Leça nesta freguesia.

Numa magistral divagação sobre toponímia portuguesa, Joaquim Silveira esclarece:

A freguesia de São Mamede de Infesta chama-se correntemente, na região, só São Mamede, como já fazem as inquirições de 1258 e o censo de 1527.

O determinativo, que é hoje Infesta, e já o era em 1706, segundo a Corografia Portuguesa, do padre Carvalho da Costa (1.° vol.), tem variado muito, pois também se acha São Mamede de Ermida e São Mamede da Ermida de Infesta, nas constituições do bispado do Porto de 1735 e noutros documentos do século xviu, e São Mamede de Moalde, no Catálogo e História dos Bispos do Porto, de Rodrigo da Cunha, em 1623, e na Nova História da Ordem de Malta, de José Anastácio de Figueiredo.

Moalde é uma aldeia dessa freguesia já nomeada em documentos de 994 e 1008 sob a forma de villa Manualdi, isto é, «quinta ou herdade de um indivíduo chamado Manualdo».

A base é, pois, este antropónimo e não Modwald, como presumiu G. Sachs, in Die gemi. Ortsna-mein Spanien und Portugal, 22 e 77.

2 — O explosivo desenvolvimento urbano, em crescendo constante, a implantação de comércio e indústria, em fase de consolidação e forte expansão, fazem de São Mamede de Infesta uma autêntica zona privilegiada, justificando amplamente a sua elevação a vila.

Com efeito, São Mamede possui infra-estruturas escolares e culturais e equipamentos sociais de grande vulto, dos quais cumpre salientar:

3 — Estabelecimentos de ensino:

3.1 — Ensino primário:

8 edifícios com 48 salas de aula.

3.2 — Ensino secundário:

Escola do ciclo preparatório em funcionamento; Escola secundária em construção.

3.3 — Ensino particular: Colégio Lúmen.

4 — Instalações sociais:

Assembleia da República, 6 de Junho de 1984.— Os Deputados do PSD: Marília Raimundo — Pires das. Neves.

a) Salão paroquial;

b) Centro de dia para a terceira idade;

c) Jardim Infantil Lúmen;