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14 DE DEZEMBRO DE 1984

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ralmente, acompanha as quedas pluviométricas excepcionais (quedas de postes, designadamente em linhas de baixa tensão, mas também, nalguns casos, em linhas de média tensão— 10 kV e 15 kV, quebra de condutores, quer por acção directa do vento, quer por quedas de árvores sobre as linhas, etc), e que, embora provocando faltas de alimentação a áreas mais ou menos localizadas, se têm de considerar como praticamente inevitáveis, já que eventuais soluções técnicas mais resistentes aos ventos — redes subterrâneas, por exemplo— são economicamente incomportáveis nas áreas onde a ocupação é relativamente menos densa; e as que resultam, propriamente, das inundações, quando estas ocorrem.

3 — Para fazer face às primeiras, dispomos — já dispúnhamos— de meios humanos e materiais adequados, que permitem (permitiram) uma reposição rápida (dentro das circunstâncias) do serviço. Não são, de resto, as que, na informação pedida, estarão em causa.

Quanto às segundas — atribuíveis às inundações propriamente — temos a considerar, ainda, 3 tipos de problemas:

a) Instalações fixas directamente afectadas pelo

alagamento, acarretando a sua indisponibilidade (e consequente afectação do serviço) pelo período em que esta se verifique e subsequente prazo de recuperação: foi o caso das subestações de Carriche e de Loures, bem como de alguns postos de transformação (subterrâneos) invadidos pelas águas;

b) Instalações afectadas por aluimentos de estru-

turas em que se apoiam: por exemplo, corte de ligações em cabo subterrâneo, de 10 kV, instalado na ponte do Rodízio — e cortado pelo abatimento desta;

c) Atrasos na reposição de serviço por dificul-

dade (ou impossibilidade) de acesso às instalações afectadas, devido à inundação.

Foi o caso, designadamente, de uma linha aérea de média tensão que atravessa a zona inundada de Loures e que, tendo caído com o vendaval, só pôde ser reparada após o nível das águas ter baixado o suficiente para permitir o acesso às equipas e aos carros — com consequente perturbação do serviço; foi, também, o caso de alguns postos de transformação (designadamente em Cascais), cujo acesso ficou impossibilitado até ao abaixamento do nível das águas.

4 — Como facilmente se verifica, pelo enunciado e exemplo citados, trata-se, em geral, de situações que não está nas nossas possibilidades evitar — apenas cabendo o papel de as reparar, ou remediar, após a ocorrência: ainda como exemplo, o troço em cabo subterrâneo afectado pela queda da ponte do Rodízio encontra-se substituído por uma linha aérea— mas não consideramos justificado ir substituir, preventivamente, outras travessias de cabos em pontes por troços aéreos.

5 — As nossas possibilidades de acção preventiva apenas poderão, de facto, centrar-se nos casos referidos na alínea a), procurando minorar os riscos de ocorrência e amplitude das consequências derivadas das inundações de instalações fixas.

Nos casos antes citados, e em concreto, foram tomadas as medidas que se referem:

5.1 — Subestação de Carriche:

A inundação da subestação foi devida a enxurrada ns linha de água que corre junto à mesma (mas fora do nosso recinto e da nossa responsabilidade), agravada pela obstrução do colector de ligação aos esgotos, derivada do arrastamento de pedras, lamas e materiais diversos. A água acabou galgando os muros de vedação da subestação, inundando o parque e o próprio edifício onde se encontra a aparelhagem de comando e sinalização, medida e protecção, cobrindo (com altura que chegou aos 60 cm) as zonas terminais dos cabos de baixa tensão de ligação da aparelhagem.

As medidas adoptadas, e já concretizadas, para obstarem à repetição da ocorrência, foram as seguintes:

Alteamento e reforço do muro de vedação da subestação nos lados norte e ocidental da subestação;

Aprofundamento e alargamento do canal de esgoto existente junto à vedação; Limpeza dos esgotos gerais da subestação.

5.2 — Subestação de Loures:

Nesta subestação (60/10 kV), situada junto à estrada Loures-Bucelas, junto à ribeira de Loures — zona mais afectada pelas cheias —, a água chegou a atingir alturas superiores a 2 m, tendo ficado totalmente fora de serviço durante quase 3 dias, com consequentes faltas de abastecimento de parte da zona por ela alimentada — já que foi possível, através de vias alternativas, assegurar mais cedo a reposição do serviço em algumas áreas a partir de outras subestações.

As medidas preventivas adoptadas, e em vias de implementação, foram as seguintes:

Reforço da linha Carriche-Caneças (10 kV), por forma a permitir assegurar a alimentação desta área independentemente da subestação de Loures;

Criação de nova alimentação (10 kV) à zona de Bucelas, a partir do vale do Tejo (Alhandra), por forma a, igualmente, tornar esta área independente da subestação de Loures;

Criação de uma nova ligação (10 kV) permitindo ampliar a área, nas proximidades de Loures, que pode ser alimentada a partir da subestação (provisória) de Santo António das Cavaleiros;

Revisão da concepção da subestação de Loures, visando a reinstalação dos quadros de comando e aparelhagem sensível para um novo piso a construir acima do nível atingido pelas cheias.

5.3 — Torres Vedras:

Embora não referida antes, a zona de Torres Vedras foi, também, profundamente afectada pela amplitude excepcional da cheia de Novembro de 1983. Aqui, porém, para além das acções de reposição normal de serviço — logo que se tornou possível —, não foram tomadas quaisquer novas medidas de fundo, uma vez que a modificação do esquema geral de abastecimento do concelho já vinha sendo implementada, com a construção da nova subestação (60/30 kV) de Matacães, da linha (30 kV) Matacães-