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II SÉRIE — NÚMERO 93

está associada, preservar também a liberdade das outras pessoas, noutras circunstâncias. Estarei sempre na disposição de trabalhar activamente tanto na preservação do mundo natural —não pegando, por exemplo, fogo às matas, facto que em Portugal não é tão líquido—, bem como noutro tipo de acções.

Finalmente, solidariedade para com o futuro, para com as gerações que nos sucederão, porque, se hoje já nos podemos culpar de termos uma cultura diminuída e de, sem fazermos um regresso às origens, nos termos desprendido e deixado de poder compreender as próprias origens, ofereceremos um futuro às gerações vindouras sem qualquer passado histórico.

Aplausos.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Conferencista Pedro Oliveira, da Associação de Escuteiros Portugueses.

O Sr. Pedro Oliveira (Associação de Escuteiros Portugueses): — Pedi a palavra apenas para dizer ao António Eloy que teremos todo o prazer em lhe apresentar as várias críticas que foram formuladas em Estrasburgo e em discutir os nossos pontos de vista num encontro com os Amigos da Terra. Pode ser que haja pontos de concórdia e que venha a existir um intercâmbio de acções e de actividades.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (JS): — Não queria falar novamente, mas, como não havia oradores inscritos, aproveito para responder a um apelo do António Eloy —julgo que foi assim—, dizendo que as organizações de juventude dos partidos teriam intervindo pouco neste tema.

A este propósito, quero apenas relembrar que no ano passado a Juventude Socialista fez uma campanha a favor da legislação do naturismo, em praias e zonas bem delimitadas, e já apresentou na Assembleia da República um projecto nesse sentido.

O Sr. Presidente: — Srs. Conferencistas, não há mais inscrições.

O Sr. António José Seguro (JS): —Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: — Faça favor.

O Sr. António José Seguro (JS): — Penso que há poucos momentos foi entregue pelo ecologista António Eloy, numa atitude ecológica, um requerimento à mesa assinado pela maior parte dos jovens aqui presentes neste momento.

Gostaria, pois, de interpelar o amigo Jorge Goes para saber o que se passa com esse requerimento.

O Sr. Presidente — Agradeço ter-me lembrado do facto, mas a mesa não quereria dar conhecimento do teor do abaixo-assinado que lhe foi entregue sem estar presente na sala o objecto desse mesmo abaixo-assinado.

Risos.

Uma vez que me parece que a expressão que acabei de utilizar terá sido mal interpretada, gostaria de explicar que «objecto» tem, em termos jurídicos, um sentido claro, que não pode dar azo à interpretação que me pareceu ter provocado a hilaridade da assistência.

Risos.

Tem a palavra o António Eloy.

O Sr. António Eloy (Amigos da Terra — Associação Portuguesa de Ecologistas):—Aproveito este intervalo enquanto esperamos a entrada do cidadão «objecto» (risos) para referir um ponto de que não falei por não ser uma actividade específica da Associação, mas que não queria deixar de referenciar aqui como sendo um dos grandes problemas que se colocam ao nosso ambiente. Trata-se da destruição progressiva de áreas naturais com a plantação de eucaliptos.

Ê extremamente grave que o nosso território esteja a ser infestado por essas árvores demoníacas. E é extremamente grave por duas razões: por um lado, porque os eucaliptos, de crescimento rápido —como todos sabem—, consomem uma quantidade enorme de água, e os recursos hídricos são um dos nossos recursos que se aproximam de níveis de degradação mais lamentáveis.

Por outro lado, porque a plantação de eucaliptos — sem, praticamente, qualquer regulamentação no nosso país — tem igualmente a ver com a política do progressivo alargamento das celuloses existentes, que é uma política que, de modo nenhum, nos parece ser a política industrial mais adequada a seguir-se.

Queria deixar este ponto como uma referência concreta, que julgo útil ficar em acta.

Queria ainda lembrar ao Luís Monteiro que gostava de ter os meus jornais de volta. Obrigado.

Aplausos.

Gostava de ter os meus jornais de volta porque assim as celuloses não venderiam mais papel e, eventualmente, haveria um decréscimo na plantação desses tais eucaliptos.

O Sr. Presidente: — Srs. Conferencistas, não havendo mais inscrições, poderemos considerar encerrado o debate sobre este tema.

Em relação à outra questão levantada, a do abaixo--assinado, quero dizer-vos que foram feitas diligências no sentido de se assegurar a presença da pessoa visada. Todavia, parece que tal não é possível. De qualquer modo, e a pedido das pessoas que subscreveram o abaixo-assinado, a mesa vai dar conhecimento do seu teor à assistência:

Considerando a inexistência de intervenção por parte do representante, militante e dirigente da OMJ, Mário Franco;

Considerando que este facto é estranho, uma vez que não lhe foi imposta a «lei da rolha»;

Solicitamos à mesa que envide esforços no sentido de inscrever para uma intervenção o Sr. Mário Franco.

Em relação a esta matéria, a posição da mesa é a seguinte: obviamente, trata-se de uma pretensão que