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II SÉRIE — NÚMERO 37

mento se deve às Associações Comercial do Porto (que figura como sua proprietária), Industrial Portuense e dos Comerciantes do Porto. António Cruz, seu director, dando conta das intenções da publicação, afirma, em conferência de imprensa, que ela prossegue uma tradição cultural do Porto e aponta para uma contribuição valida na dinamização de que a capital nortenha carece.

2.1.3 — Anunciam-se relançamentos

Diário do Alentejo

Em Janeiro de 1981 anuncia-se que as bases para o reaparecimento do Diário do Alentejo foram já lançadas através da escritura de constituição da Associação de Municípios do Distrito de Beja, celebrada no notário da Câmara Municipal de Cuba. O jornal, que durante 48 anos se editara em Beja, havia suspendido a sua publicação em 1980 devido a dificuldades financeiras da sua firma proprietária, a empresa Carlos Marques — Indústrias Gráficas, S. A. R. L. Em 10 de Maio de 1980 o titulo do jornal e todo o seu equipamento gráfico eram vendidos em hasta pública e adquiridos por treze das catorze autarquias do distrito.

Essa aquisição surgia na sequência de edilidades do Baixo Alentejo entenderem que aquele diário, pela sua persistente acção na defesa dos interesses regionais, deveria ser considerado como património cultural.

Dentro deste espírito, em Janeiro de 1981 é anunciado o reaparecimento do jornal para breve, afirmando-se que o mesmo ocorrerá logo que estejam cumpridas as formalidades burocráticas necessárias à legalização da empresa.

No entanto, só em Abril apareceria um número dedicado ao 25 de Abril, iniciativa que se ficava a dever à necessidade de garantir o título de propriedade daquele periódico. Nessa altura é reafirmado que o Diário do Alentejo recomeçará em breve a sua publicação regular, sob a direcção do jornalista José Moedas.

Mundo Desportivo

É em Abril também que o Conselho de Informação para a Imprensa toma a deliberação de — atendendo a que o Mundo Desportivo é uma publicação existente há 36 anos — recomendar ao conselho de gerência da Empresa Pública Notícias/Capital o seu relançamento, desde que tenham deixado de existir as condições que haviam determinado a sua suspensão.

Voi do Povo

Suspenso no início do ano por dificuldades financeiras, os trabalhadores deste semanário, num esforço para relançar o jornal, decidem, em princípios de Abril, apelar para a solidariedade dos seus leitores e promover uma campanha de âmbito nacional e internacional com o intuito de reunir um fundo mínimo de 1000 contos que permita a nova arrancada de Voz do Povo.

É assim que são emitidos títulos no valor de 500$, 1000$ e 5000$, podendo o proprietário de cada título integrar uma assembleia de opinião, que se reunirá, ordinariamente, uma vez por ano, e ficando com o direito de emitir pareceres e recomendações sobre todos os assuntos da vida e da orientação do jornal. Um grupo de pessoas das mais diferentes profissões acei-

tou assumir-se como núcleo fundador desta assembleia de opinião, contando-se entre elas nomes conhecidos de intelectuais, sindicalistas, jornalistas e artistas. No entanto, Voz do Povo não conseguiria a arrancada desejada.

22 — Cassação de PuWcacdBs

A Rua

O semanário A Rua, conotado politicamente com a extrema-direita, suspende a sua publicação em 22 de Maio. Na base desta decisão, «problemas financeiros insolúveis», conforme ne anuncia num longo artigo publicado no seu último número, sob o título «Nós retiramo-nos», e onde se sublinha que A Rua se «esgotou financeira e politicamente», acrescentando-se: «Durante um certo tempo cumpriu uma missão. Alteradas que foram as circunstâncias que provocaram o seu aparecimento, justifica-se friamente o seu desaparecimento.»

Refira-se que A Rua surgira a 9 de Abril de 1976, num período conturbado da vida política portuguesa, sob a direcção de Manuel Maria Murias.

A Tribuna

Em finais de Maio o matutino A Tribuna interrompe, pela segunda vez, a sua publicação devido à falta de meios essenciais à continuação da actividade laboral. Simultaneamente, José Maria Caldas e Carlos Mendes, director-interino e chefe de redacção do jornal, pedem a demissão dos seus cargos por solidariedade com os restantes trabalhadores, que, na generalidade, não recebem salários desde Março (v. n.° 2.9).

13 - Transferencias de propriedade

Durante o ano de 1981 não se verificaram transferências de propriedade em órgãos de comunicação social. No entanto, houve dois casos que, não tendo passado de conjecturas, acabariam por vir a público.

2.3.1 — Marcelo Rebelo de Sousa tenta comprar o Expresso

Sob este título, o Diário de Notícias, de 25 de Julho, citando o director-adjunto do Expresso, Augusto de Carvalho, revela que Marcelo Rebelo de Sousa manifestara «vontade de adquirir» aquele jornal. No entanto, e ainda segundo Augusto de Carvalho, a sondagem feita por Marcelo Rebelo de Sousa (na altura director daquele semanário), cerca de um mês e meio antes, não merecera a concordância dos accionistas do jornal, razão por que a mesma não chegou a ser formalizada, tão-pouco ultrapassando o âmbito da publicação em referência. Segundo Augusto de Carvalho, «rentável comercialmente e prestigiado politicamente, o Expresso não está à venda».

2.3.2 — Correio da Manhã pretende comprar edifício do DN

O outro caso verifica-se em finais de Setembro, altura em que é tornado público o interesse dos gestores do Correio da Manhã na aquisição do edifício sede do Diário de Notícias. A propósito, escreve o semanário Tempo na sua edição de 1 de Outubro: «A PRES-SELIVRE, Imprensa Livre, S. A. R. L., proprietária