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II SÉRIE-A — NÚMERO 13

Neste contexto, prevê-se que do conjunto de fluxos financeiros a estabelecer com a CE, no decurso de 1992, resulta um saldo global, favorável a Portugal, que ultrapassa os 250 milhões de contos, valor que representa um aumento de 40 % em relação ao ano anterior.

QUADRO VIII Fluxos financeiros com a Comunidade Europeia

kClhoei de contos

 

1990 Rol izado

1991 Estimativa

1992 Previsão

Transferências de Portugal para a CE ...

91

127

148

Direitos aduaneiros e niveladores

     
 

27

38

42

 

63

72

84

 

-

13

22

 

0

(¿05

0

A deduzir:

     
 

—18

—10

—3

Saldo.......................

—73

—117

—145

Transferências da CE para Portugal.......

207

 

399

 

38

57

66

 

150

224

313

PEDIP..............................................

18

17

19

 

0

0

1

Saldo global

+ 134

+ 181

+ 253

(o) liquido de devoluções.

[b) Ajustamentos de contribuições financeiras de anos anteriores.

VIII — Anexos Informativos à proposta de Orçamento do Estado para 1992

Divida pública

O mapa seguinte apresenta a evolução recente da dívida pública directa, interna e externa.

Milhares de conto*

 

Posição

Poiiçfc)

Posiçto

 

em 31

em 31

em 31

 

de Dezembro

de Dezembro

de Dezembro

 

de 1989

de 1990

de 1991

 

4 201 099

5147612

6177621

 

4 988

4 923

4 905

Amortizável:

     

Obrigações do Tesouro

 

2 890 002

3 359 863

3 848 235

     

Certificados de aforro

306332

523 522

773 804

Bilhetes do Tesouro...

795 230

1 086 202

1 522 087

Outros empréstimos ...

204 547

173 102

28 590

 

883 700

638 509

50« 631

 

51310

-

-

 

106

115

115

 

3 003

1 855

1 102

 

112

87

87

Outros empréstimos............

827 880

635 202

504194

Protocolo Luso-Francés......

1289

1250

1 113

Total.................

5 084 799

5 786121

6 684 252

Operações de tesouraria

No final de Setembro de 1991, a movimentação de fundos por operações de tesouraria no corrente ano revelava uma saída de fundos superior às entradas em cerca de 89 milhões de contos (m. c), excluindo, naturalmente, o produto da colocação de dívida pública e as aplicações de tesouraria.

Assim, o saldo acumulado, que no final de 1990 se situava em 92 m. c, reduziu-se substancialmente, sendo agora de 5 m. c.

A principal origem deste resultado negativo agora verificado é o saldo activo da rubrica «Antecipação de receitas—alínea a) do Decreto-Lei n.B 332/90, de 29 de Outubro», o qual ultrapassa os 92 m. c. Note-se, contudo, que, por força do mesmo diploma, aquele saldo terá de ser regularizado até ao final do corrente ano económico, pelo que, naturalmente, será previsível a curto prazo uma alteração substancial dos resultados agora verificados.

Este saldo assume especial relevância no âmbito da gestão da tesouraria do Estado, sendo de realçar que a situação positiva prevista resulta dos esforços desenvolvidos no sentido de disciplinar e reorganizar a movimentação de fundos por OT, nomeadamente com a publicação das Leis n.°* 22/90 e 23/90, de 4 de Agosto, e a respectiva regulamentação.

Contas do Tesouro

Considerando todo o período representado no quadro em anexo, a tesouraria do Estado apenas em dois momentos apresentou uma situação deficitária: em Janeiro de 1990 e em Abril de 1991.

Significativamente, aqueles dois momentos coincidem, exactamente, com as únicas situações em que o saldo devedor da conta corrente do Tesouro consolidada com o saldo da conta da Junta do Crédito Público junto do Banco de Portugal é superior ao saldo credor das aplicações efectuadas junto daquele Banco. Este facto realça a importância extrema destas duas variáveis na determinação da situação global da tesouraria do Estado.

Note-se que, neste período, nunca foi ultrapassado o limite de endividamento gratuito do Tesouro junto do Banco de Portugal, mantendo-se sempre um elevado volume de fundos aplicados, passíveis de utilização imediata em caso de necessidade.

Em relação às restantes rubricas é de realçar a elevada variação dos saldos das contas das tesourarias e das contas em divisas, a qual depende de circunstâncias específicas. A título de exemplo, refira-se o saldo cm divisas existente em Julho de 1991, no valor de 417,7 m. c, que reflecte o fluxo de transferências da Comunidade no âmbito dos fundos estruturais, naquela altura do ano. Concretamente, daquele saldo, cerca de 41 m. c. correspondem a disponibilidades em ecus.

Nesta análise da situação de tesouraria, obviamente, apenas se consideram os fundos que estão na posse do Tesouro, ou seja, depositados em cofres públicos. Assim, não estão aqui considerados todos aqueles fundos que, já estando na posse dos diversos serviços e organismos responsáveis, ainda não entraram nos cofres do Tesouro, caso, nomeadamente, de parte da cobrança de receitas fiscais.