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22 DE MAIO DE 1997

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S — Acessibilidade e transportes

Transportes Sul do Tejo/Setubalense, com ligações a Cacilhas, Almada, Lisboa e Seixal, extensivas à Costa da Caparica, no Verão, e uma praça de táxis.

Freguesia do Seixal

1 —Introdução

É nesta freguesia que se encontra a sede do concelho.

É a freguesia mais pequena do concelho, quer em área, quer em número de habitantes.

Nesta reorganização a freguesia do Seixal sofre alterações nos seus limites.

2 — Localização

Situada no extremo oriental do concelho do Seixal, esta freguesia faz fronteira com a nova freguesia de Miratejo e com as freguesias de Aldeia de Paio Pires, de Arrentela e de Amora, integrando a Murtinheira, Quinta do Outeiro . e Seixal (sul), que pertenciam à freguesia de Arrentela.

3 — Indicadores demográficos

De acordo com os recenseamentos da população de 1981 e 1991, o número de habitantes era, respectivamente, de 5140 e 4169, correspondendo a 1989 fogos (1991).

Estima-se em 3300 o número actual de eleitores.

4 — Equipamentos e serviços

Seguidamente faz-se a discriminação dos equipamentos e serviços na área da freguesia do Seixal:

Instalações desportivas e culturais:

Três salas de desporto;

Quatro clubes recreativos e desportivos;

Quatro campos de jogos;

Dois polidesportivos;

Equipamentos sociais:

Um centro de dia para idosos;

Duas clínicas de saúde;

Um centro de saúde;

Dois jardins públicos;

Um mercado;

Um tribunal;

Um fórum cultural;

Equipamentos educativos:

Um jardim-de-infância;

Duas escolas básicas do 1.° ciclo (públicas);

Estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços:

Três farmácias; Quatro agências bancárias; Uma estação dos correios; 27 unidades de abastecimento público de primeira necessidade; 37 unidades comerciais; 45 unidades de restauração; 20 unidades industriais/armazéns.

5 — Acessibilidade e transportes

Transportes Sul do Tejo, com ligações a Cacilhas, Seixal, Casal do Marco, Paio Pires, Sesimbra e Setúbal, um terminal fluvial de ligação a Lisboa (Transtejo) e uma praça de táxis.

Freguesia de Torre da Marinha

1 — Motivos históricos

Arrentela é a mais remota povoação do concelho do Seixal. Burgo que se crê para além da fundação da nacionalidade, Arrentela vem do tempo dos Árabes, seus primeiros habitantes, que se ocuparam da pesca e do cultivo dos campos.

A curta distância da sede da freguesia situa-se a povoação de Torre da Marinha, onde em recuados tempos se diz terem existido as marinhas de sal e em cujos terrenos se encontrava instalada a indústria de lanifícios do concelho.

Em 1384, Fernão Lopes, na Crónica de D. João I, refere vários locais do concelho do Seixal, nomeadamente Arramtella (posteriormente Arrentela). E também neste mesmo ano que o Mestre de Avis dá a Nuno Álvares Pereira os bens do judeu David Negro, almoxarife do rei D. Fernando. Este judeu tinha direitos nos esteiros de Arrentela oferecidos por D. Leonor Teles.

Data de 1758 na Torre da Marinha um açougue\que serve várias povoações nas redondezas.

A Torre da Marinha coube a honra de possuir há 100 anos a mais importante fábrica de lanifícios do País, conhecida sob a designação de Companhia de Lanifícios de Arrentela, que conferiu a esta povoação importância inr dustrial, tornando-a muito conhecida pela óptima qualidade das suas fazendas.

Nos terrenos então pertencentes aos frades Jerónimos, estabeleceu-se no limiar do século passado com um lavadouro de lãs o francês André Durrieu, que, em 1831, passa a propriedade ao governo de D. Miguel, que faz dela a Real Fábrica de Mantas para o Exército.

No dia 23 de Julho as tropas da Divisão Expedicionária do Comando do Duque da Terceira passam pela Fábrica e os operários pegaram em armas a fim de participarem na luta contra os miguelistas.

Já em 1834, João Rodrigues Blanco compra a propriedade onde esteve a Fábrica de Mantas para estabelecer uma fábrica de algodão.

Em 19 de Maio de 1861 foi então fundada a Companhia de Lanifícios de Arrentela e neste mesmo ano é premiada com a medalha de prata da Exposição Industrial do Porto.

As magníficas instalações fabris, onde existia a maior oficina do País, construída em alvenaria e ferro, foram visitadas em 1892 pelo rei D. Carlos e pela rainha D. Amélia.

A fábrica, que possuía uma chaminé com 80 m de altura, dava ocupação a 500 operários, trabalhando dez horas por dia sob a orientação de técnicos estrangeiros. Já nesse tempo era' iluminada por 500 lâmpadas eléctricas, tinha serviço de incêndios com pessoal adestrado, duas escolas para os filhos dos operários e uma caixa de socorros mantida pelas multas disciplinares.

Existiu na Torre da Marinha, na Quinta da Casa de Pau, posteriormente Quinta da Soledade, uma olaria tradicional que funcionou entre 1950 e 1965.

Nesta olaria trabalhavam quatro oleiros, produzindo nas suas rodas todo o tipo de louça comum, desde pratos e canecas até jarros ou alguidares. Na mesma olaria se produziram,