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16 DE OUTUBRO DE 1998

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já transmitidas e a estimular os agentes económicos para introduzirem, em tempo, as necessárias alterações nos seus sistemas operacionais.

Esta opção decorre de se considerar que a rápida resolução das questões operacionais poderá permitir a muitos agentes económicos uma maior tranquilidade e uma superior reserva de energias, facto que poderá vir a facilitar os passos subsequentes e, porventura decisivos, orientados para uma cuidada reflexão sobre as implicações estratégicas.

Por outro lado, os resultados obtidos com a experiência anterior permitem considerar que o reforço de um trabalho de cooperação alargada, em particular com as associações empresariais e outros organismos sectoriais, justifica uma atenção particular na medida em que se afigura como o melhor caminho para assegurar uma resposta eficaz às questões que, ao longo do período de transição, se irão colocando às empresas.

Neste sentido, impõe-se também a necessidade de acções de apoio «empresa a empresa» o que determina abordagens específicas de natureza sectorial capazes de responderem com maior eficácia às diferentes necessidades identificadas.

Para o sector «indústria», estão já em curso, por iniciativa de algumas associações empresariais, acções de formação deste tipo.

Ao nível do sector do «comércio» e, para além dé diversas iniciativas pontuais de formação junto de cooperativas e/ou empresas e grossistas está em curso, liderado pelo IAPMEI, um projecto mais alargado de formação em «rede».

Em particular, estas acções junto do comércio pretendem corresponder à importância que se atribui à relação privilegiada que este sector, tem com o público em geral e que determina a necessidade de um acompanhamento cuidado ao longo das diferentes fases de adaptação.

Como segundo vector de actuação - «recolha e análise de informação sobre o estádio de preparação das empresas para o euro» - definiu-se um programa de acompanhamento do estádio de preparação das empresas portuguesas e da sua envolvente, face ao EURO.

Importa, decerto, avaliar o grau de preparação das em- . presas por forma a identificar não só os progressos conseguidos ao longo do tempo, mas também, a eventual existência de assimetrias relacionadas com especificidades diversas, nomeadamente, sectoriais, dimensionais, regionais ou, decorrentes do maior ou menor grau de internacionalização, da abordagem ao designado «büg» do ano 2000 e, ainda, do grau de qualificações dos recursos humanos disponíveis.

Neste sentido e, em colaboração com as associações empresariais, a Comissão, executou já a primeira fase de vários inquéritos a diferentes sectores da actividade económica, prevendo-se que da sistematização dos resultados, resulte a produção e divulgação de dossiers temáticos, sectoriais ou «estudós-caso» relativamente ao processo de preparação da economia portuguesa para o EURO, sendo de admitir que estes possam constituir «guias práticos» de referência para as outras empresas.

Em relação à envolvente externa da empresa, importa analisar o processo de preparação para o EURO, em toda a infra-estrutura estatal pelo que, em colaboração com outros organismos da Administração Pública e, em particular com as agências públicas que mais directamente se relacionam com as empresas (IAPMEI, ICEP, Fundo de Turismo e EEFP) e ainda, com as principais empresas produtoras de serviços públicos (sistema financeiro, telecomunicações, transportes, entre outras) se preparam também relatórios sobre os processos de adaptação em curso.

Numa perspectiva de ampla cobertura sectorial, considerou-se pertinente promover, em parceria com outras entidades, estudos específicos para os sectores do turismo e do comércio, reconhecendo quer as suas particularidades face à introdução do EURO quer a sua importância na actividade económica portuguesa.

No caso do turismo, o estudo patrocinado pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Fundo de Turismo tem como principal objectivo identificar o potencial impacto da introdução do EURO e das suas repercussões no posicionamento estratégico do turismo nacional e dos seus agentes económicos e nas respectivas operações correntes.

No caso do comércio, o estudo surge com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos e do IAPMEI, com o objectivo de identificar não só as implicações operacionais decorrentes da introdução do EURO, como também de permitir uma análise de custos/benefícios, suficientemente detalhada e objectiva para uma avaliação dos ganhos e dos custos - no curto e no médio prazo - a suportar pelas empresas do sector e para proporcionar uma melhor perspectiva dos desafios que se lhes colocam neste novo contexto económico.

Integrado no contexto do terceiro vector referido - «dinamizar debates sobre as implicações estratégicas do EURO na economia e na sociedade» - estão previstas diversas acções, entre as quais um ciclo de seminários subordinado ao tema «Competitividade e Internacionalização face ao EURO».

Ainda em complemento deste conjunto de acções e, na perspectiva de conseguir um contacto mais directo com as empresas e seus quadros, em espaços tão diversificados ■ quanto possível, a Comissão tem vindo a procurar assegurar a sua presença nas principais «feiras de actividades económicas» que decorrem no país, através de stands próprios (ou da participação nos «stands» das Delegações Regionais do Ministério da Economia).

n.4. RECURSOS HUMANOS E EMPREGABILIDADE AE O PLANO NACIONAL DE EMPREGO

Os Novos Desafios da Empregabilidade

A sociedade do conhecimento e da informação vem • colocar novas exigências de empregabilidade (e do seu relançamento) de natureza transsectorial. Estas exigências reportam:

• ao perfil do(s) profissional(is) e cidadão(s);

• à alteração do paradigma da gestão das empresas;

• ao papel do Estado;

• a toda a sociedade, à qual se impõe a evolução para uma «sociedade de'aprendizagem».

O papel central do conhecimento e a disponibilidade massiva de informação da sociedade futura elegem como capacidades individuais estritamente necessárias as de: pesquisa, análise e síntese, bem como a de propor soluções.

Estas novas exigências determinam a revisão dos perfis dos formadores (nomeadamente dos professores inseridos no sistema de ensino) valorizando como competências especiais: a capacidade de despertar curiosidade no formando, o estímulo ao seu rigor intelectual, o apoio ao desenvolvimento da sua autonomia e à adopção de uma atitude pró-activa.

Estudos de ¡iterada realizados no âmbito dos países da . OCDE comprovam que 25 a 75% da população desses países