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1383 | II Série A - Número 035 | 27 de Abril de 2000

 

Em temos históricos, esta freguesia, que, como já referimos, foi sede de concelho, é mencionada em documentos de 1014. Em manuscritos de 1195 fala-se de um mosteiro ali existente. As inquirições de 1220 incluem Rossas na Terra de Lanhoso, parte da área desta freguesia era Couto.
A sede do concelho é instituída em 1514, e do passado desta freguesia constitui referência importante o seu Pelourinho, classificado como monumento nacional, e alguns solares, que, pela sua importância, são um testemunho vivo de uma época da nossa História.
Em 1839 Rossas aparece no concelho de Guimarães e, finalmente, em 1852 no de Vieira do Minho.
Esta localidade foi Abadia da apresentação dos Abreus, senhores de Regalados, e cabeça do antigo concelho de Rossas, cuja sede era Celeirô.
Com uma população residente de 3300 habitantes, que nos meses de Verão aumenta para mais de metade, as principais actividades económicas desta freguesia, considerada de transição entre o litoral e o interior do País, ligam-se fundamentalmente à agricultura, à pecuária, à construção civil, ao comércio e serviços.
Com excelentes potencialidades para o turismo em espaço rural, esta freguesia tem beneficiado da aposta efectuada pela autarquia neste sector, possuindo um conjunto de infra-estruturas na área do acolhimento, particularmente na aldeia turística de Agra, recentemente revitalizada.
Rossas conheceu ao longo do século XX, particularmente no período pós 25 de Abril de 1974, um desenvolvimento urbano significativo, decorrente do facto desta localidade ser uma zona de confluência de duas estradas nacionais, o que facilita a circulação de produtos e mercadorias, fundamentais para o seu desenvolvimento económico e social, bem como para a melhoria das condições de vida dos seus habitantes.
A população desta localidade é servida por uma boa rede de transportes públicos, que diariamente e em horários intercalares, estabelece uma ligação efectiva com a sede do concelho, com a capital do distrito, bem como com os concelhos vizinhos de Cabeceiras de Basto, Póvoa de Lanhoso e Fafe.
Esta freguesia possui alguns imóveis de grande interesse patrimonial e arquitectónico, classificados no âmbito do Plano Director Municipal, que constituem referências culturais a preservar, de que são exemplo a Igreja Paroquial de Rossas, datada de 1725, o Pelourinho, as Capelas de Santa Marta, São Frutuoso e São Brás, as Pontes de Parada, São Pedro e Candosa; um conjunto de moinhos de interesse etnográfico e histórico, bem como as Alminhas existentes em vários lugares da localidade.
Embora o crescimento democrático seja significativo, é sobretudo a dinâmica sócio-económica que caracteriza esta freguesia.
Acompanhando esta dinâmica surgem importantes equipamentos e actividades de comércio e serviços, que contribuem para a satisfação das principais necessidades da população, e são o principal contributo para a afirmação da sua visível centralidade.
Rossas possui as seguintes instituições e equipamentos colectivos:
Na área administrativa:
- Uma sede de junta de freguesia, onde se encontra instalado o Projecto de Desenvolvimento Integrado e Luta contra a Pobreza.
Na área da segurança:
- Um posto da Guarda Nacional Republicana.
Na área de apoio à saúde:
- Extensão de Saúde de Rossas, dotada com três médicos permanentes;
- Uma farmácia;
- Laboratório de análises clínicas;
- Uma clínica dentária.
Na área de educação e cultura:
- Uma biblioteca pública;
- Seis escolas do 1.º ciclo do ensino básico;
- Escola básica mediatizada (2.º ciclo);
- Um jardim de infância.
- Um pavilhão desportivo;
- Um campo de futebol.
Na área social:
- Centro Social e Paroquial do Divino Salvador de Rossas e Centro Social e Paroquial de São Lourenço de Agra, instituições de carácter social, que prestam apoio ao domicílio a 55 cidadãos das duas localidades.
- Núcleo de Rossas da Cruz Vermelha Portuguesa, instituição que possui uma corporação de 30 voluntários, desempenhando um importante papel na área de primeiros socorros.
Na área associativa:
- Clube Cultural e Recreativo de Rossas;
- Associação de Defesa dos Interesses de Rossas (ADIR).
Na área do desenvolvimento económico, comércio e serviços:
- Feira Quinzenal de Rossas;
- Posto dos CTT;
- Uma central da Telecom;
- Três praias fluviais, uma das quais equipada com tele-ski, localizada na albufeira de Ermal;
- Um aldeamento turístico;
- Uma agência bancária;
- Quatro restaurantes;
- Uma residencial;
- Vários mini-mercados e mercearias;
- Três talhos;
- Uma peixaria;
- Vários cafés.
Nestes termos, e tendo em conta o estipulado na Lei n.º 11/82, de 2 de Junho, bem como razões de ordem histórica (alínea b do artigo 3.º da citada lei), a povoação de Rossas reúne condições efectivas para ser elevada à categoria de vila.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, os Deputados abaixo assinados, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, apresentam o seguinte projecto de lei:

Artigo único

É elevada à categoria de vila a povoação de Rossas, situada na área do município de Vieira do Minho.

Palácio de São Bento, 13 de Abril de 2000. Os Deputados do PS: Luís Miguel Teixeira - Laurentino Dias - Artur Penedos - mais uma assinatura ilegível.