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2007 | II Série A - Número 062 | 06 de Setembro de 2000

 

Com as invasões de 1580, o Algôz sujeitou-se ao domínio castelhano, mas a prova de má vontade com que obedeceu está nas festas que celebrou quando teve conhecimento da revolução do 1.º de Dezembro de 1640.
Neste período a grandiosidade do Algôz tinha decaído, tanto no que concerne à agricultura como à indústria.
Esta decadência acentua-se com os tremores de terra de 1719, de 1722 e de 1755, com as consequentes doenças que em muito reduziram a riqueza da povoação.
Mais tarde, aquando do início da reconstrução, vieram as invasões francesas que dificultaram todo o processo.
Assim, considerando todas as dificuldades que a população do Algôz enfrentou, agravadas de novo com a cólera do ano de 1833, refere Ataíde de Oliveira que "então reconheceu que não podendo já atingir a sua primitiva importância, pelo lado das edificações materiais, poderia então ainda tornar-se conhecida pelas suas edificações morais e então pensou em sacrificar-se pela educação dos seus filhos".

Caracterização patrimonial

Do património local do Algôz fazem parte imóveis como a Ermida de N.ª Sr.ª do Pilar (Séc. XVIII - classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto-Lei n.º 45/93), a Igreja Matriz ou Igreja de N.ª Sr.ª da Piedade, a Ermida de S. Sebastião, a Ermida de S. José e um conjunto de habitações da rua Tomé Rodrigues Pincho, cidadão a quem D. João IV concedeu o alvará para a construção do Celeiro, depósito comunitário que serviria as populações em tempos de crise.
Todos estes imóveis estão classificados como "Imóveis de Valor Concelhio", de acordo com o Plano Director Municipal de Silves.
Embora sem classificação atribuída, ainda há a referir o Castelo do Algôz, o Poço, as Ruínas e os achados, as Ruínas da Necrópole da Quinta da Amoreira, a Casa da Guiné, as Ruínas e Necrópole do Morgado das Taipas, a Necrópole de N.ª Sr.ª do Pilar, o Penedo Gordo, a Ermida de S. Francisco, os achados da Serra do Vilar, as Ruínas do Serro da Lebre e a Atalaia do Torrejão, conjunto patrimonial referido por Mário Varela Gomes e Rosa Varela Gomes no Levantamento Arqueológico-Bibliográfico do Algarve.
Fazem ainda parte do património local a Lagoa de Navarro, a Lagoa de Viseu e a Caverna da Guiné, elementos naturais componentes de um sistema freático.
Do ponto de vista da arquitectura local, são alvo de referência as casas de frisos e beirais duplos, as casas de janela de sacada e coroadas de beirais duplos e triplos, o velho lavadouro público, as casas solarengas com as suas platibandas, arabescos e cantarias e as chaminés elegantes.

Caracterização sócio-económica

Na estrutura sócio-económica da freguesia e do Algôz destaca-se o peso do sector terciário, responsável por mais de 54% do total do emprego, não sendo a este facto indiferente o peso que o turismo tem na economia local, nomeadamente o rural, o de habitação e o agro-turismo.
O desenvolvimento crescente do turismo encontra-se relacionado com a conjugação dos valores patrimoniais e histórico-culturais, com as potencialidades naturais existentes.
A este dinamismo está também relacionada a aposta na diversificação das actividades produtivas existentes, através da progressiva concentração de unidades industriais não poluentes, o que justifica os cerca de 25% da população activa empregada no sector secundário.
Finalmente, o sector primário representa cerca de 21% do total da população e encontra-se associado à cultura dos citrinos que recentemente tem sido alvo de uma modernização tecnológica, visando o incremento da produtividade e a sustentabilidade da economia local, valorizando os recursos endógenos do ponto de vista natural e humano.
No que concerne às infra-estruturas, destaca-se a proximidade do Algôz ao importante nó viário Vale Paraíso - Albufeira, o qual articula a rede viária regional, nomeadamente a ER 125 com o IC4 (Via do Infante de Sagres) e com o IC1, bem como a proximidade do estruturante nó ferroviário de Tunes.
Estas acessibilidades tornam o Algôz um território muito atractivo para o estabelecimento de unidades industrias não poluentes e para outros estabelecimentos comerciais.
Tal facto tem naturalmente contribuído para o desenvolvimento da economia local, ao qual se têm associado os recentes investimentos em termos de equipamentos e infra-estruturas.

Caracterização dos equipamentos

Sede da junta de freguesia;
Creche;
Escola pré-primária;
Duas escolas do ensino básico do 1.º ciclo;
Escola do ensino básico do 2.º e 3.º ciclo, com pavilhão desportivo;
Centro de actividades de tempos livres - Associação Cultural e Social do Algôz;
Extensão do Centro de Saúde de Silves;
Farmácia;
Clínicas médicas privadas;
Quartel de Bombeiros Voluntários - extensão da ABV de Silves;
Transportes públicos colectivos rodoviários;
Praça de táxis;
Estação dos CTT;
Agência da Caixa de Crédito Agrícola;
Banco Pinto e Sotto Mayor;
Mercado Municipal;
Estabelecimentos comerciais de viaturas e motociclos;
Estabelecimentos de material eléctrico e telecomunicações;
Estabelecimentos de comércio de materiais de construção civil;
Drogarias;
Estabelecimentos de materiais de decoração;
Estabelecimentos de comércio de vestuário;
Sapatarias;
Estabelecimentos de restauração;
Estabelecimentos de comércio alimentar;
Padarias;
Agências de seguros;
Agências imobiliárias;
Oficinas de reparação de automóveis;
Posto de abastecimento de combustível;
Pensão turística;
Empresas de turismo rural;
Empresas de turismo de habitação;
Empresas de agro-turismo;
Empreendimento Turístico Crazy World.