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23 | II Série A - Número: 035 | 13 de Janeiro de 2007

Construção em alvenaria de certa magnificência e riqueza arquitectónica, tem a frontaria antecedida por nartex de sete arcadas redondas com arcos em tijolo.
O templo apresenta frontão triangular rematado pelo descarnado campanário, falho de sino. As empenas laterais são reforçadas por gigantes e apresentam construções adjacentes: a exposta a sul com as ruínas do casario do ermitão e a oposta com os restos da sacristia.
Lateralmente, a norte, existe uma porta de ombreiras e verga em blocos únicos de mármore branco, encimada por uma lápide comemorativa da fundação do templo.
O edifício de planta rectangular de boas proporções, com tecto em abóbada de berço em alvenaria ameaçando desmoronamento, perdeu em absoluto o seu recheio e ornamentação, vendo-se todavia as três arcadas cegas interiores destinadas aos altares devocionais.
A Capela-Mor, quadrada, é um curioso exemplar de arquitectura da baixa Renascença, com abóbada de nervuras emoldurada por aranhiço octogonal de aresta viva, decorada a fresco, infelizmente em adiantado estado de degradação.
Embora em ruínas e devassada, a Ermida de S. Pedro é uma relíquia de arquitectura religiosa quinhentista digna de conservação.

24 — Ermida de S. Lourenço: Este templete situa-se a cerca de 2 Km a norte de Borba. Desconhece-se a data exacta da sua fundação, embora se admita que a mesma remonte ao século XVII. Igualmente se desconhecem os motivos porque, recentemente, se mudou o seu orago para Senhor Jesus dos Convertidos.
Recebeu profundas melhorias em 1758 e em 1965. Após anos de abandono, foram-lhe introduzidas as actuais reformas interiores, como a pavimentação e o revestimento total a tinta de água.
Na face norte, a silhueta é protegida pela residência do ermitão.
A frontaria é composta por alpendre de três arcos plenos e corpo do coro rasgado por janelão de mármore.
Termina com campanário de cruz em mármore e sino de bronze.
O interior dispõe-se em nave singela, de planta rectangular, tecto em abóbada de berço e alçados aprofundados com três arcos redondos e cegos, originalmente concebidos para altares ou bancos para repouso dos fiéis.
O coro, de construção posterior, ocupa, em segundo piso, a totalidade do espaço do alpendre.
A Capela-Mor dispõe de três nichos, em alvenaria. No do meio, de maiores dimensões, esteve em tempos a imagem do titular, escultura de madeira estofada que se guarda na Igreja de S. Bartolomeu, em Borba.

25 — Nora da Herdade do Montinho: O monte da Herdade do Montinho situa-se a cerca de 4 Km a nascente de Borba, ligeiramente mais a norte que a Igreja de Santa Bárbara. Junto a este monte existe um velha nora (supõe-se que dos princípios do século XVI) desactivada e bastante degradada, com portal e cornija rematada com ameias góticas. Os vãos rasgados nas empenas apresentam igualmente arcos góticos nos fechos

26 — Portal da Quinta do Palreta: A Quinta da Palreta, outrora chamada Quinta de Santo Antonico, situa-se a pouco mais de 1,5 Km para norte da vila de Borba.
Esta propriedade é valorizada por um portal marmóreo do tipo rústico, centrado por um nicho de moldura losângica mas vazio de imagem, com remate lateral de dois pináculos piriformes, em cuja padieira corre a seguinte inscrição, aparentemente dos finais do século XVII: "Fazenda de Bernardo Costa, da vila de Estremoz»

27 — Igreja Paroquial de Santiago: Trata-se de uma das mais antigas igrejas do concelho de Borba. Foi fundada nos finais do século XIII, conforme atesta a lápide em caracteres góticos medievais incrustada a meio da parede interior do lado esquerdo.
O documento é da era de 1328 que, sendo como é mais provável a era de César, equivale a 1290 da era de Cristo que hoje seguimos. No entanto, a sua fundação não pode ir além de 1279, data em que D. Dinis subiu ao trono.
Desse edifício gótico nada subsiste arquitectonicamente devido a reformas posteriores, sobretudo a efectuada no século XVII que lhe imprimiram a feição presente, com as habituais características populares da arte rural religiosa alentejana.
O nartex, de alvenaria, tem cinco arcadas redondas e frontão decorado com cruz de mármore. Ladeado por muretes, o conjunto assenta numa plataforma alteada com três degraus.
A empena é muito singela e de formato triangular. A norte é flanqueada por pesada torre sineira de agulha piramidal modernizada. O portal é moderno e de lintel simples.
Na empena, junto ao alpendre, existem duas placas comemorativas. Uma delas, a maior, assinala a visita que a imagem de Nossa Senhora de Fátima fez à freguesia em 29 de Outubro de 1947.
Sem valor artístico é o cruzeiro de mármore branco, que no adro defronta a Igreja.