O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 | II Série A - Número: 035 | 13 de Janeiro de 2007

34 — Padrão de Montes Claros: Este monumento militar, edificado no tempo de D. Pedro II (segunda metade do século XVII) para celebrar a gloriosa vitória da batalha de Montes Claros, erguida no local onde se travou o mais aceso da renhida luta, é hoje marginado pela estrada que liga Bencatel a Rio de Moinhos, distando cerca de 3 Km desta última povoação.
Executado em mármore branco da região, nasce em base de três degraus quadrangulares, escalonados, donde rompe o pedestal, plinto e coluna de ordem dórica, encimada pela coroa real fechada. Está actualmente defendido por gradeamento cunhado de pilares. A inscrição comemorativa do feito é desdobrada em três faces do pedestal.

35 — Igreja da Freguesia de Nossa Senhora da Orada: Segundo crónicas religiosas do século XVIII, esta Igreja foi fundada pelo Condestável D. Nuno Alvares Pereira. Desse templo medieval, nada subsiste na actualidade, apenas se admitindo que a sacristia remonta aos alvores de quinhentos.
O actual edifício, feito de raiz no século XVIII, ergue-se no cabeço mais elevado da aldeia.
A Igreja mantém a pitoresca e inconfundível silhueta dos monumentos sacros do estilo rústico alentejano.
A fachada lateral norte do edifício é flanqueada por possante torre de cúpula bolbosa e gigante coberto de telha amparando a sacristia de cornija folilobada e cruz de pedra embebida no alçado, vestígio da antiga Via Sacra.
A frontaria, de empena triangular e janelão marmóreo, é protegida por vulgar alpendre de três degraus redondos, nascendo de plataforma elevada por degraus. Em 1960 sacrificou-se um destes arcos com a montagem de um painel cerâmico alusivo ao tradicional fundador, o beato D. Nuno de Santa Maria. No beiral oposto, subsiste o pequeno relógio de sol em mármore branco e forma quadrangular (século XVIII).
A sepultura comum dos párocos, que teve legenda, hoje comida pela acção do tempo, estende-se frente à soleira do singelo portal de guarnição recta em mármore.
Interiormente, a nave distribuída sobre o comprido, com abóbada de alvenaria caiada de branco, teve uma modesta composição oitocentista executada em tinta de água.
Nas actuais capelas colaterais em mármore regional, enriquecidas por retábulos dos finais do século XVIII e do estilo rococó, veneram-se, do lado do Evangelho, a padroeira, Nossa Senhora da Orada, e do lado da Epístola, a Imagem do Senhor Jesus dos Passos.
A Capela-Mor de planta quadrangular, igualmente levantada nos finais do século XVIII, rasgada por alto arco-mestre de mármore, teve a grade do comungatório de balaustrada em pedra até ao verão de 1971, grade essa que foi arrancada para se erguer um altar em alvenaria fina, obedecendo aos ditames do Concílio do Vaticano II.

36 — Quinta da Azenha Branca: Situado a cerca de 1,5 Km ao norte da aldeia da Orada, junto à ribeira de Alcaraviça, este complexo de edifícios dos meados do século XVIII, constitui, outrora, importante casa agrícola, sobretudo de produção cerealífera. Actualmente encontra-se em completo abandono.
A ampla residência solarenga, de dois pisos, dispõe-se de forma alongada, debruçada sobre o tradicional pátio alentejano com os seus assentos de repouso e casario utilitário da lavoura — cavalariças, celeiros e cocheiras — antecedido por um portão de pilastras com remates de urnas estilizadas, em mármore.
A frontaria, delimitada por cunhais guarnecidos por fogaréus marmóreos, é rasgada por uma série de janelas e portais, destacando-se o conjunto central formado pelo acesso principal encimado por balcão com grades férreas que protegem o janelão de sacada de empena semicircular.
O alçado posterior da mansão estendia-se pelos jardins com ruas demarcadas com buxos, os quais eram regados pela água da ribeira de Alcaraviça, embora existisse nascente potável servida pela interessante fonte.
Contíguo aos jardins fica o pombal em ruínas, construção imaginada com particular capricho arquitectónico, de portais e pilastras enriquecidos com pináculos e urnas neoclássicas, de alvenaria.
Embora completamente abandonado, o edifício principal apresenta interiormente alguns espaços em razoável estado de conservação.
A vila de Borba tem vindo a perder população, à semelhança do que se tem verificado em todo o Alentejo, bem como o interior do País.
A evolução da população no concelho de Borba caracterizou-se por algumas variações, reflexo das transformações sociais, económicas, políticas e culturais ocorridas no País e na Região Alentejo. Podemos identificar três períodos distintos que marcaram a demografia do concelho, designadamente:

— De 1900 a 1930: neste período o concelho de Borba apresentou uma evolução populacional positiva, com taxas de variação abaixo dos 9%. No final deste período o concelho detinha 8094 habitantes, o que equivale a um crescimento de 23,55% face a 1900 (mais 1543 habitantes); — De 1930 a 1960: estas duas décadas ficaram marcadas por um crescimento populacional de cerca de 28,87% (mais 2337 habitantes). Contudo, foi na década de 30 que se verificaram as maiores taxas de