O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 | II Série A - Número: 035 | 13 de Janeiro de 2007

O interior, de uma só nave, dispõe-se em planta rectangular, de cruz latina, com tecto em abóbada de berço, transepto de penetrações e Capela-Mor de planta quadrangular e abóbada a meio canhão. A CapelaMor sofreu grandes obras no século XVIII. 28 — Padrão comemorativo da Batalha de Montes Claros e Ermida de Nossa Senhora da Vitória: Situado na aldeia de Barro Branco, a cerca de 2 Km para sudeste da aldeia de Rio de Moinhos, este Monumento Nacional do século XVII ergue-se no ponto dominante de um dos cabeços onde se desenrolou a memorável batalha.
A lápide em mármore tem cerca de 4m de altura por 3m de largura.
A ermida, construída em frente da lápide, foi fundada pouco tempo depois desse monumento, por alvará de 2 de Abril de 1669 passado pelo Príncipe Regente D. Pedro.
Teve de princípio e até meados do século XVIII, apenas o santuário, hoje transformado em nave. O alpendre é também obra datada dessa ampliação.
O edifício, em grossa alvenaria caiada a branco, não tem qualquer particularidade arquitectónica que a diferencie das suas congéneres alentejanas bastante rústicas.
O nardex, de três arcadas redondas, é rematado em campanário de empena triangular despido de sino e encimado por cruz. Dois pináculos de ornatos piriformes, completam o conjunto.
A capela em si tem luneta central e a sua fachada principal é rasgada por portada direita ladeada por duas pequenas janelas. A construção é rematada por elegante cobertura em telhado de linhas radiais, terminando com uma cruz em mármore da região. Este era como dissemos, o templete original do século XVII.
Vulgar e de linhas correntes de setecentos, é o actual santuário, abraçado de edificações da capelania, do ermita e a sacristia, esta recheada de votos populares.
Interiormente o edifício está bastante descaracterizado, conservando apenas a cúpula original.
A Capela-Mor, setecentista, de planta quadrangular e tecto de berço, termina no altar de mármores brancos e negros da época de D. José I. No nicho, expõe-se a venerada imagem da Padroeira Nossa Senhora da Vitória.

29 — Convento de Nossa Senhora da Luz de Montes Claros: A fundação da casa religiosa é antiga mas ignorada. Segundo crónicas da ordem, ela remonta aos princípios do século XV.
O complexo edificado sofreu vultuosas obras nos começos do séculoXVII e posteriormente, entre 1714 e 1742, no reinado de D. João V.
Atingido pelo decreto de extinção em 1834, esteve alguns anos abandonado, até o governo o vender em hasta pública.
Em finais do século XIX, foi adaptado a residência de férias, tendo-lhe então a sua proprietária introduzido remodelações profundas em todo o corpo principal, na frontaria do pátio do carro e na Igreja, esta descaracterizada com certa gravidade.
A fachada principal da Igreja, sobranceira ao cruzeiro seiscentista em pedra, é de alvenaria alteada por empena de recorte com enrolamento e acrotérios pinaculares de fogaréus. Ao centro é ornamentada pelo opulento brasão da ordem, de ornaros do estilo rococó.
A frontaria principal da Igreja é encimada axialmente na cimafronte por uma cruz de mármore cronografada de 1608. Alto janelão de molduras bem esculpidas e frontão triangular, ilumina o coro, ficando-lhe sotoposto o alpendre, com pórtico de arco redondo de pedra trabalhada, vestígio quinhentista.
A grade de ferro forjado da entrada é do período das grandes obras de modernização do edifício em 1884.
Do ano anterior é a porta de madeira da Igreja.
Reforçando a frontaria, elevam-se dois bataréus terminados por volutas e lateralmente sete contrafortes lisos que alcançam o cornijamento, imprimem ao edifício um robustez singular.
O subcoro, primitivo alpendre da portaria monástica, conserva a cobertura original do século XVI, em nervagem singela que arranca das misulas e pilastras e se estendem pelas nervuras e fecho.
Interiormente, a Igreja é composta pela nave e pela Capela-Mor. A primeira, é alongada e de planta rectangular, com o tecto em abóbada de meio canhão, completamente liso e caiado de branco. O pavimento é em mármore com rodapé em azulejos dos finais do século passado e os alçados compostos por quatro capelas laterais de arcos plenos emoldurados.
A Capela-Mor, igualmente disposta em planta rectangular, é antecedida por elevado arco triunfal de fino mármore branco. A cobertura, em abóbada de berço, é decorada por vistoso medalhão datado de 1714. No grande oratório de talha dourada e amosaicada dos finais do século XVIII, expõe-se a formosa imagem de Nossa Senhora da Luz, peça dos princípios do século XVII.
O convento, apesar das obras de adaptação nos finais do século passado, conserva-se na sua estrutura quinhentista, de planta quadrangular abraçando o claustro (obra dos alvores do século XVII) que se desenvolve em dois pisos: o inferior de três arcadas plenas de robustas pilastras aparelhadas e o superior, das celas, formado por galeria corrida de seis tramos suportados por colunelos. Ao centro, um poço de alto gargalo cilíndrico em colunelos, permite a serventia da cisterna de águas pluviais.