O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

19 | II Série A - Número: 035 | 13 de Janeiro de 2007

A nave, de planta rectangular e abóbada redonda de alvenaria sem vestígios artísticos, acusa reparos muito posteriores, como a montagem do coro e do púlpito.
Seis sepulturas em mármores correm na coxia da nave.
A Capela-Mor é de planta quadrangular e com tecto em barrete de clérigo.

8 — Casa Nobre dos Morgados Cardosos: Implantada com frentes para a Rua da Cruz e Rua de S. Francisco, foi fundada em ano desconhecido.
O edifício de três pisos, compõe-se de um imenso pavilhão com três frentes libertas, com a fachada principal dando sobre a Rua da Cruz, dividida em três corpos interligados em simetria e à mesma altura, rematados por cornijamento rectilíneo saliente.
As janelas, todas em verga curva e emolduradas, são de peitoril no primeiro e último piso e de sacada no piso intermédio, estas últimas com balcões de notável nobreza, com grades férreas de influência francesa de Luís XVI.
O portal principal, ricamente emoldurado, é de verga recta e rematada por frontão ladeado por vieiras que enquadram a luneta axial ovóide.
No edifício funciona actualmente uma unidade de turismo de habitação.

9 — Palácio dos Fidalgos Silveira Menezes: Situado em frente da Torre do Relógio do Castelo, desenvolve-se em três pisos com planta quadrangular.
De arquitectura bastante simples, apresenta fenestrações rectilíneas, com excepção das janelas do último piso de vergas recurvas de notória simplicidade. No piso intermédio os vãos são de sacada em balcões.
A portada principal que dá acesso a um vasto pátio central é bastante ampla, com lintel e cornijas bem demarcadas.

10 — Quinta do General: Desconhece-se a época exacta desta construção solarenga, que naturalmente se verificou em fins do século XVI. No entanto, a traça arquitectónica do edifício actual parece rondar os meados do século XVII.
O solar rústico, situado no extremo norte da vila, no acesso à EN 4, estende-se em pavilhão coberto por telhado de quatro águas na forma tradicional de «U», com pátio de entrada discreto e portão de grossa alvenaria.
No pátio interior, ensombrado por verduras permanentes que cobrem quase completamente os alçados rebocados na tradição local, corre um galeria térrea de sete tramos com arcos plenos de mármore branco e rodapé colorido com azulejos de um período recuado do século XVII.
As mais importantes dependências comunicam com os jardins e são de vastas proporções. De planta rectangular, são cobertas por tectos em caixotões de madeira emoldurados e lisos, sem vestígios de pinturas.
A mais bela fachada do edifício debruça-se sobre os jardins. Apesar da sua sobriedade e de um só piso, representa, sem dúvida, um belo exemplar de arquitectura regional do século XVII. As janelas de sacada comunicam directamente com uma varanda corrida protegida por gradeamento férreo e os alçados são rematados por rodapé azulejar policromado. Os jardins do solar estendem-se num vasto rectângulo murado, que se prolonga pelo adro da ermida primitiva, e teve frondoso bosque de árvores seculares até Fevereiro de 1941.

11 — Igreja Paroquial de S. Bartolomeu: O edifício, construído de raiz nos primeiros anos do século XVII é de alvenaria rebocada e do tipo corrente na zona religiosa alentejana. É composto por corpo de nave e Capela-Mor amparados por gigantes de um só andar.
A fachada mantém, com ligeiras alterações, a linha original inspirada em modelos quinhentistas.
Destacam-se na fachada de frontão triangular encimado por uma cruz o nicho com a figura de S.
Bartolomeu em mármore policromado (alvores do século XVII), o janelão facial de lintel quadrado e amplo frontal arquitravado, ladeado por duas colunas jónicas estriadas assentes em pedestais trabalhados com baixos relevos alusivos ao martírio do Santo padroeiro.
O portal sofreu na época da grande reforma setecentista, a amputação da empena e o alteamento desproporcionado do nicho da imagem que ocupava o lugar da actual janela da frontaria, onde se supõe ter existido apenas um óculo ou uma fresta para iluminação da nave.
Flanqueando o edifício, ergue-se a possante torre sineira toda capeada de aparelho marmóreo. O campanário rematado por pináculos flamejantes e cúpula bolbosa embandeirada tem quatro olhais emoldurados, nos quais se dependuram sinos em bronze com inscrições esculpidas.
A fachada oposta ao campanário está rasgada por outra portada renascentista, da mesma ordem estilística da principal, com a vantagem de estar completa. De empena triangular centrada pelo nicho contendo a imagem da Virgem Imaculada, é ladeado por colunas estriadas muito semelhantes às que guarnecem o portal principal.
Interiormente, o corpo da nave, de planta rectangular, é rematado com abóbada renascentista de três tramos e com nervuras de aresta viva, ricamente decorada com frescos e chaves douradas.